Vá embora, Sarney!
(Leiam primeiro o post abaixo) Não sou exatamente fã de Pedro Simon (PMDB-RS) em razão de um conjunto de fatores que não cabe detalhar muito agora. Há nele certa pretensão a instância última da razão e da moralidade que me irrita um tantinho. E nem sempre ele acerta quando diz “É hora de sair”. De […]
(Leiam primeiro o post abaixo)
Não sou exatamente fã de Pedro Simon (PMDB-RS) em razão de um conjunto de fatores que não cabe detalhar muito agora. Há nele certa pretensão a instância última da razão e da moralidade que me irrita um tantinho. E nem sempre ele acerta quando diz “É hora de sair”. De todo modo, é fato que acabou ocupando o lugar de uma espécie de vestal. Gente colhida por uma cascata de denúncias sempre teme a hora em que a vestal do Senado expõe os seios — no caso de Simon, o discurso — e aconselha: “Hora de sair”. Costuma ser um sinal de que a vaca já foi mesmo para o brejo.
Ainda que se queira negar, o fato é que Sarney não está mesmo sendo tratado como um “homem comum”. Cito exemplos de senadores poderosos que, atropelados por sua própria biografia, foram tratados como “pessoas comuns” e tiveram de renunciar ao mandato e/ou ao cargo de presidente do Senado: Jader Barbalho, ACM e Renan Calheiros.
Será o caso de Sarney assim tão diferente? Há dias, pedi aqui a sua renúncia ao cargo de presidente do Senado. Agora, é caso de perda de mandato, por renúncia ou cassação. O que mais um senador precisa fazer para merecer uma representação no Conselho de Ética? Enquanto continuar por lá, a Casa está desmoralizada, o que sempre será bom para o Executivo.