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União Abin-PF era super-SNI, diz Gilmar Mendes

Por José Maria Tomazela, no Estadão:O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que a cooperação entre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal na operação Satiagraha revela a existência de um projeto do que chamou de um “super-SNI”. Ele se referia ao Serviço Nacional de Informações, que atuou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 23h18 - Publicado em 19 set 2008, 06h41
Por José Maria Tomazela, no Estadão:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que a cooperação entre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal na operação Satiagraha revela a existência de um projeto do que chamou de um “super-SNI”. Ele se referia ao Serviço Nacional de Informações, que atuou durante o regime militar e foi extinto pelo ex-presidente Fernando Collor.
“Eu não sei o que se imaginou nessa cooperação operacional. Mas, no futuro, o que isso ia resultar, seria uma super-Polícia Federal, um super-SNI.” Para o ministro, o episódio dos grampos ilegais contra autoridades mostra que está havendo um “desvirtuamento” no papel da Abin. “As investigações vão demonstrar se essa prática já vinha se realizando e qual era o projeto.” Ele não acredita que essa nova estrutura resultasse de um projeto político, mas ressalvou que “se havia esse projeto político, ele era indevido”.
O ministro apontou os dirigentes da Abin e da PF como responsáveis indiretos pelos grampos ilegais. Também acentuou que pode haver cooperação entre os órgãos numa função de inteligência e de informação, mas não da forma como ocorreu no caso dos grampos.
Na CPI dos Grampos, o diretor da Abin, Paulo Maurício Fortunato, admitiu que mais de 50 homens da agência trabalharam na operação que resultou nas prisões do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. O protagonismo, para ele, parece ter sido da Abin.
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