Uma carta que me foi enviada por jovens judeus. E fico muito honrado em divulgá-la
Recebo, e torno pública, com muita honra, uma carta do “Movimento Juvenil Sionista Betar”, que se posiciona sobre a questão “PSOL-Babá-Freixo-jovens judeus de esquerda”. Segue a íntegra do texto. * Estimado Reinaldo Azevedo, Diante da repercussão gerada pela sua abordagem da “questão Freixo/Babá” , sentimo-nos na obrigação de lhe escrever. Nós, membros do Movimento Juvenil […]
Recebo, e torno pública, com muita honra, uma carta do “Movimento Juvenil Sionista Betar”, que se posiciona sobre a questão “PSOL-Babá-Freixo-jovens judeus de esquerda”. Segue a íntegra do texto.
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Estimado Reinaldo Azevedo,
Diante da repercussão gerada pela sua abordagem da “questão Freixo/Babá” , sentimo-nos na obrigação de lhe escrever. Nós, membros do Movimento Juvenil Sionista Betar, representamos no Brasil este grupo de jovens, presente em todos os continentes, e temos a proposta, desde 1923, de defender o povo judeu e Israel, agindo de forma pioneira e formando líderes comunitários. Pois bem, haja visto que o Deputado Marcelo Freixo vem citando reiteradamente em suas redes sociais a “carta da juventude judaica” em seu apoio, cremos que nós, um grupo bastante ativo dentro da juventude comunitária, temos a obrigação de nos manifestar.
Com muito pesar, acompanhamos a divulgação do vídeo em que Babá, militante do PSOL, queima uma bandeira do Estado de Israel durante uma passeata. O ódio que os cidadãos presentes nas imagens apresentam pelo Estado de Israel, mais do que qualquer coisa, nos assustou. Assustou-nos porque vimos, há cerca de um mês, uma passeata anti-Hollande na França, na qual milhares de pessoas entoavam gritos de “judeus, fora da França”. Assustou-nos porque o Irã ameaça “varrer Israel e seus habitantes ao mar”, e o mundo silencia perante seu projeto nuclear. Mas assustou-nos, principalmente, porque nunca imaginamos que veríamos algo semelhante a isso no Brasil.
Como foi muito bem dito neste blog, quem queima a bandeira de um país não é contra um governo ou um conflito, mas sim contra a existência deste por si só. Se não o fosse, manifestar-se-ia contra a figura do governante ou do partido que está no poder, algo que, aliás, ocorre com muita frequência em Israel, de forma pacífica, o que é uma das vantagens de se estar na única democracia do Oriente Médio.
Independente da orientação partidária, o que esperaríamos de qualquer político seriamente comprometido com a liberdade, com a democracia e com o respeito à diversidade de povos e culturas seria um repulso imediato e absoluto à queima da bandeira e à demonstração de ódio a qualquer país, repudiando o ato e, principalmente, o autor. Freixo, por sua vez, pediu votos a Babá e exaltou sua militância. Sim, posteriormente, condenou o ato da queima, mas não teve a coragem e a ética que esperamos de um líder para enfrentar seu partido e negar-se a apoiar um extremista como Babá.
É por essa falta de ação que nós, do Betar, membros da “Juventude Judaica” que Freixo aborda, vimos a público manifestar nossa indignação e nossa discordância. Se alguns aceitam a postura radical e disseminadora de ódio do PSOL, nós não. Se alguns lamentam que Oswaldo Aranha, presidente da sessão da ONU que criou Israel, seja brasileiro, nós nos orgulhamos. Nos orgulhamos também de viver em um país plural, respeitador das diferenças, que quer a paz para si e para os outros, e não silenciaremos vendo o PSOL ameaçar isso, pregando o mal para Israel. Se aqui, no Rio Grande do Sul, o vereador Pedro Ruas caracteriza o PSOL como um partido “necessário” , dizemos que, para nós, este é, sim, um partido perigoso e radical.
Obrigado, Reinaldo, pelo apoio e pelas palavras que muito bem representam aqueles preocupados com a segurança de Israel e de seu povo. Afirmamos, com orgulho, que este grupo da juventude judaica está fechado com você.
Cordialmente,
Movimento Betar Brasil