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Um peemedebista na coordenação política e as ilusões mortas do PT

A presidente Dilma convocou o peemedebista Eliseu Padilha, hoje ministro da Aviação Civil, para uma posição central no seu governo: Relações Institucionais, ora a cargo do inexistente Pepe Vargas, um petista de sua cota pessoal, que não conta com o apoio nem do… PT! Sim, essa é uma das sugestões de Lula para amenizar a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h41 - Publicado em 7 abr 2015, 05h08

A presidente Dilma convocou o peemedebista Eliseu Padilha, hoje ministro da Aviação Civil, para uma posição central no seu governo: Relações Institucionais, ora a cargo do inexistente Pepe Vargas, um petista de sua cota pessoal, que não conta com o apoio nem do… PT! Sim, essa é uma das sugestões de Lula para amenizar a crise com o Congresso. Na verdade, o chefão petista (leiam post a respeito) defende que Dilma, se preciso, terceirize o governo para o partido aliado. O que ele quer é garantir a estabilidade da presidente no cargo para poder se dedicar à agitação política e à construção de sua candidatura em 2018.

É por isso que Dilma quer Eliseu Padilha na articulação política? Não exatamente! Hoje, ela precisa de alguém que articule alguma coisa, seja lá o que for. A presidente conta com um incrível exército de nove pessoas para cuidar desse assunto — entre eles, o impressionante Aloizio Mercadante. Sabem o que acontece? Nada! Ou melhor: tudo! Os desastres vão se sucedendo e se multiplicando.

O peemedebista Padilha conta com as bênçãos do vice-presidente, Michel Temer, mas não se terá a garantia de que o PMDB fará tudo o que seu mestre mandar. O esforço de Lula, diga-se, de terceirizar o governo para o partido aliado, pensando exclusivamente na sua própria candidatura, já traduz uma leitura tosca da realidade. Por quê?

Esses poucos meses de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à frente da Presidência da Câmara lembraram ao partido o gosto que tem o poder de verdade. Até havia pouco, o PMDB parecia contente em ser apenas uma espécie de mordomo muito poderoso, amigo do proprietário. Ou, então, se via bem como um chefe dos eunucos da corte persa.

Parece que fatia substancial do peemedebismo começa a alimentar ambições maiores do que servir apenas de esbirro do petismo ou de projetos alheios. O esforço de Lula já está claro: ele quer, desde já, recuperar o PMDB como sócio preferencial do poder de agora e do vindouro, que, na sua prepotência sem limites, imagina que cairá em seu colo. Gente como este senhor acha que não precisa combinar as coisas nem com os eleitores.

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Padilha deve aceitar o cargo, com as bênçãos das principais lideranças do partido — Cunha inclusive. Aliás, o presidente da Câmara já veio a público para dizer que nada muda na relação do PMDB com o governo. Vamos ver.

Tudo indica que o PT perdeu o seu poder encantatório mesmo quando acena com cargos em troca de apoio. Há, para arremate dos males, uma coisa chamada “fadiga de material”. Os hoje aliados do partido também acham que chegou a hora de ele largar o osso.

Se Padilha for para a coordenação política, pode melhorar alguma coisa para Dilma na relação com o Congresso e com os partidos? Pode, sim, por dois motivos: a) ele é um político hábil e com bom trânsito na oposição — foi ministro de FHC, é bom lembrar; b) não é possível piorar. 

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