Um governo incompetente – Infraero investiu só 4% do previsto no Galeão
Por Flávia Milhorance e SelmaSchimidt, no Globo: Números da União revelam que boa parte dos R$ 650 milhões de investimentos anunciados ainda está no ar e não pousou no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e da portaria 23/2011 do Ministério do Planejamento, obtidos pelo gabinete […]
Por Flávia Milhorance e SelmaSchimidt, no Globo:
Números da União revelam que boa parte dos R$ 650 milhões de investimentos anunciados ainda está no ar e não pousou no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e da portaria 23/2011 do Ministério do Planejamento, obtidos pelo gabinete do deputado Otávio Leite (PSDB/RJ), mostram que, de 2008 e até agosto deste ano, dos R$ 452.088.588 de dotação para compra de equipamentos e obras nos dois terminais de passageiros, apenas R$ 96.681.679 (21%) foram efetivamente usados. Em relação a 2011, a situação é ainda pior: da dotação atual de R$ 163.333.797 para investir nos terminais 1 e 2, somente R$ 7.080.910 (pouco mais de 4%) foram gastos até 31 de agosto.
Para investir nos aeroportos do país, a Infraero tem um orçamento de R$ 2,28 bilhões este ano. No entanto, até 31 de agosto, gastou 17,5% (R$ 388 milhões). Desde sábado, O GLOBO tem mostrado os problemas de infraestrutura do Galeão.
Lentidão de obras preocupa deputado e entidades
Para Otávio Leite, que é membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, o grande problema do aeroporto não é falta de dinheiro, mas sim de gestão. O deputado lembra que a Infraero (empresa que administra os aeroportos do país), já teve cinco presidentes em quatro anos: “A Infraero continua tendo recursos. Mas a empresa se mantém sem velocidade para executar as obras que planeja. Não houve avanços, apesar de o Rio ter sido escolhido para sediar vários eventos mundiais. O modelo de gestão da Infraero tem se mostrado ineficiente”, diz Leite, lembrando que o Galeão ficou de fora do primeiro pacote de aeroportos a serem concedidos à iniciativa privada (Guarulhos, Viracopos e Brasília).”O Tom Jobim entrou num labirinto administrativo e não há possibilidade de serem apresentadas outras soluções.”
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