BLACK FRIDAY: ASSINE a partir de R$ 1 por semana

Reinaldo Azevedo

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Um dia depois de ação contra senadores, Cunha ironiza PF e MP: “Não sei o que querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta; não cheguem antes das 6h para não me acordar”

“Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta. Vão à hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar.” A fala é do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando indagado se teme ser alvo da Operação Politeia, da […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 00h55 - Publicado em 16 jul 2015, 08h31

“Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta. Vão à hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar.”

A fala é do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando indagado se teme ser alvo da Operação Politeia, da PF, que executou mandados de busca e apreensão na casa de três senadores: Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).

Na entrevista concedida na segunda ao programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na Jovem Pan, Cunha  havia deixado claro que se considera um alvo. Disse então: “Não tenho dúvida de que é um processo político que está por trás do meu caso, e não descarto desdobramentos políticos que ainda possam existir até porque a gente está em meio à eleição do Ministério Público, e querem me usar nesse processo”.

No dia seguinte, a PF desencadeou a dita “Operação Politeia”, que colheu três senadores da República. Todo o meio político de Brasília entendeu a ação como um recado, ainda no mesmo espírito da tal “Erga Omnes”: ninguém está a salvo.

Só para lembrar: em depoimento, Alberto Yousseff afirmou que o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, lhe havia dito que Cunha recebera propina numa operação com aluguel de navios-sonda. Camargo, também ouvido em delação premiada, negou que isso tivesse acontecido. Chegou, no entanto, ao presidente da Câmara a informação de que o delator teria mudado a sua versão. Como as delações premiadas viraram uma “obra aberta”, tudo é possível.

Continua após a publicidade

O Planalto vê numa possível denúncia contra Cunha uma espécie de tábua de salvação. E gostaria que isso acontecesse bem depressa, antes que uma eventual denúncia contra Dilma por crime de responsabilidade chegue à Câmara.

Na volta do recesso, entram na agenda duas CPIs que o governo não gostaria de ver instaladas: a do BNDES e a dos fundos de pensão. Seria uma retaliação de Cunha, que considera que José Eduardo Cardozo está na raiz da inclusão de seu nome na lista de Rodrigo Janot? À Folha, ele nega: “Nenhuma CPI agrada ao governo. Haverá novas CPIs sem dúvida nenhuma até porque algumas estão encerrando agora. Em agosto, a fila vai andar”.

A “Os Pingos nos Is”, na segunda, Cunha afirmou estar absolutamente tranquilo e deixou claro que uma eventual denúncia contra si não terá serventia nenhuma ao governo. 

Há quem diga que o clima pode até azedar um pouco mais.

Continua após a publicidade
Texto publicado originalmente às 23h04 desta quarta
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A melhor notícia da Black Friday

Assine VEJA pelo melhor preço do ano!

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana

a partir de R$ 1,00/semana*
(Melhor oferta do ano!)

ou

BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

a partir de R$ 29,90/mês
(Melhor oferta do ano!)

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas. Acervos disponíveis a partir de dezembro de 2023.
*Pagamento único anual de R$52, equivalente a R$1 por semana.