TJ quebra sigilo bancário de Lancelotti
O Tribunal de Justiça paulista acatou a solicitação da Polícia Civil de quebra do sigilo bancário do padre Júlio Lancellotti. A decisão do tribunal foi confirmada nesta segunda-feira, 29. A polícia revelou que faria o pedido após a prisão do ex-interno da antiga Febem Anderson Marcos Batista, de 25 anos, da mulher dele, Conceição Eletério, […]
Investigação
O intuito da ação é evitar a divulgação de informações sobre as investigações. “O padre Júlio Lancellotti é vítima, uma pessoa do mais alto gabarito e, por ser uma pessoa pública, a gente está pedindo o sigilo do inquérito, para manter as investigações”, afirmou Pimentel.
O pedido foi encaminhado ao Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo). Os inquéritos apuram a acusação de extorsão de dinheiro sofrida pelo padre, o suposto enriquecimento ilícito do ex-interno da Febem e se Júlio Lancellotti teria praticado atos de corrupção de menores.
Transferência
Anderson Marcos Batista e Evandro dos Santos Guimarães, acusados de extorquir o padre Júlio Lancelotti, foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste da cidade, na manhã desta segunda-feira, 29. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, eles tiveram o pedido de prisão preventiva decretado após as denúncias de extorsão feita pelo padre Júlio no início de outubro, que contou ter dado R$ 80 mil ao grupo e financiado a compra de uma picape.
Ex-interno da Febem (atual Fundação Casa), Batista foi preso na noite de sexta-feira, 26, com a mulher, Conceição Eletério, e Evandro. Ele disse que recebeu entre R$ 600 mil e R$ 700 mil do padre, que teria dado o dinheiro espontaneamente porque os dois mantinham um relacionamento sexual.
Presos no 31º Distrito Policial, no Belém, eles fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) antes de serem transferidos. Conceição Eletério, mulher de Anderson, também seria transferida para o Complexo do Carandiru na manhã desta segunda.