Temer diz que políticos não podem se acoelhar diante de Lava Jato
Fala é precisa e correta. A primeira coisa que o coelho procura quando se semente ameaçado é a toca. Por isso não há política entre os coelhos...
O presidente Michel Temer recebeu, acompanhado de ministros, parlamentares para um café da manhã no Palácio do Alvorada. E recomendou que os políticos não se deixem intimidar pelas circunstâncias.
É claro que se referia à Lava Jato, mas não para intimidá-la. Evidenciou que cabe ao Judiciário cuidar do assunto.
Disse — e eu ainda voltarei ao tema: “É claro que há um problema sério no país, vocês sabem disso. Há questões as mais variadas, que muitas vezes visam a desprestigiar a classe política. E todos precisamos resistir. Eu tenho resistido o quanto posso”.
O presidente estava dizendo, em suma, que as reformas não podem deixar de ser feitas porque a Lava Jato existe.
E recorreu a um verbo de uso incomum, mas muito pertinente:
“Não podemos nos acoelhar [intimidar], achar que estamos numa situação delicada. [A situação] delicada deixemos para o Judiciário. No mais, o Executivo e o Legislativo trabalham. Não se pode ter a ideia de que, porque aconteceu isto ou aquilo, o Brasil vai parar.”
Na mosca! É isso mesmo! Voltarei ao ponto. Até porque há gente demais se acoelhando. E meu bisavô já dizia que, quanto mais você se curva, mais o seu traseiro fica à mostra…
Na madrugada, muito mais sobre o acoelhamento e o desacoelhamento das responsabilidades.