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Reinaldo Azevedo

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Substituta de Palocci é vista com desconfiança. Dilma agora procura um articulador político

No Globo: A decisão da presidente Dilma Rousseff de nomear a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e não seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicação), para a Casa Civil surpreendeu a base governista. Apesar dos elogios públicos, representantes de partidos aliados criticaram a escolha, afirmando que ela não tem experiência política e que essa decisão não […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h43 - Publicado em 8 jun 2011, 07h15

No Globo:
A decisão da presidente Dilma Rousseff de nomear a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e não seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicação), para a Casa Civil surpreendeu a base governista. Apesar dos elogios públicos, representantes de partidos aliados criticaram a escolha, afirmando que ela não tem experiência política e que essa decisão não acaba com os problemas na articulação política do governo. Para tentar resolver o problema, Dilma deve substituir o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), o petista fluminense Luiz Sérgio , alvo das maiores críticas e reclamações sobre a falta de coordenação política do governo. Atualmente nas mãos do PT, a vaga pode acabar sendo transferida para o PMDB.

Gleisi e Paulo Bernardo formam o primeiro casal de ministros na História da República. Embora esteja em seu primeiro mandato eletivo, Gleisi, de 45 anos, foi escolhida também por ser mulher, o que tem um simbolismo para a presidente Dilma. Ela vinha se mostrando uma parlamentar aplicada no Senado. Ganhou destaque com sua atuação em defesa do governo, angariando antipatias na oposição e provocando ciúmes entre governistas. Casada há 15 anos com o ministro das Comunicações, ela começou sua militância política na adolescência e trabalhou na assessoria econômica da liderança do PT na Câmara, quando conheceu o marido, na época deputado federal.

Formada em Direito e com especialização em Administração Financeira, Gleisi foi secretária estadual e diretora financeira de Itaipu. No Senado, atuava nas comissões de Assuntos Econômicos, Agricultura e Relações Exteriores. Foi designada relatora do PPA, o plano de ação de quatro anos do governo. Surpreendeu a base ao propor emendas na Comissão Mista de Orçamento para reduzir o valor e o número das emendas parlamentares.

Semana passada, Gleisi havia sido criticada pela bancada petista e por peemedebistas, que a acusaram de querer derrubar o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-PR), em sessão tumultuada na qual a oposição impediu a aprovação de duas medidas provisórias. Mas a informação de que Gleisi recebeu como incumbência principal na Casa Civil cuidar da gestão dos programas de governo, e não da articulação política, aliviou petistas e peemedebistas. “Para quem passou momentos de grande tensão como passamos, a escolha não poderia ter sido melhor. A senadora Gleisi é a cara certa para esse novo momento. É competente, tem capacidade de gestão e saberá impor uma pauta positiva para o governo”, comemorou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

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O presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), minimizou o confronto entre Gleisi e Jucá. Na ocasião, ela reclamou de forma ríspida por discordar de uma norma de procedimento adotada por Jucá. “Isso foi uma coisa de momento. De maneira nenhuma o PMDB vetaria seu nome (para a Casa Civil)”, disse Raupp. O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), ironizou a escolha:”Se ela for utilizar o estilo esquentadinha que mantinha aqui no Senado, a articulação do governo pode piorar, porque no Congresso tudo se faz no diálogo, não adianta querer enfiar as coisas goela abaixo”. Apesar das restrições que muitos faziam nos bastidores, publicamente a bancada petista elogiou a escolha.

Gleisi nega haver “maldição” na Casa Civil
Em rápida entrevista, Gleisi anunciou nesta terça-feira que assume a Casa Civil para gerenciar os “programas e projetos de governo”, devendo ficar distante da fragilizada articulação política no Congresso. Ao negar que exista uma “maldição” na Casa Civil – no governo anterior, José Dirceu e Erenice Guerra também caíram alvejados por denúncias -, Gleisi afirmou que tem pela frente um grande responsabilidade:”Não é maldição. Temos um projeto extraordinário de transformação deste país. O desafio é muito grande. Vou trabalhar muito para que possa entregar a ela (Dilma) o produto que ela quer do meu trabalho. Aceitei o convite sabendo do tamanho da minha responsabilidade”.

Primeira petista da bancada do partido no Senado a cobrar com vigor explicações convincentes de Antônio Palocci, Gleisi elogiou o seu antecessor e lamentou sua saída:”Quero aqui fazer uma deferência, uma menção especial ao ministro Palocci. Para nós, é um momento triste. Sabemos do relatório da procuradoria, que colocou de forma muito clara a situação do ministro, falando que não há nenhum problema. É uma pena perder o ministro Palocci nesse governo, pela qualidade que ele tem”, disse.

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