Serra cobra mais rigor no combate à corrupção
O ex-governador José Serra, presidente do Conselho Político do PSDB, cobrou nesta terça uma postura mais firme do governo no combate à corrupção. Leia trecho da reportagem de Gustavo Uribe, no Estadão Online. (…) “Tem que ampliar mais, tem que investigar todos os setores, tem que fazer uma investigação própria”, cobrou o ex-governador após ministrar […]
O ex-governador José Serra, presidente do Conselho Político do PSDB, cobrou nesta terça uma postura mais firme do governo no combate à corrupção. Leia trecho da reportagem de Gustavo Uribe, no Estadão Online.
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“Tem que ampliar mais, tem que investigar todos os setores, tem que fazer uma investigação própria”, cobrou o ex-governador após ministrar palestra de encerramento do 12.º Encontro Internacional de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Até agora, o grosso das coisas que apareceram veio da imprensa”, acrescentou.
O ex-governador disse que o motivo da atual crise no governo federal é o “loteamento exacerbado de cargos” um fenômeno que, segundo ele, tem origem no passado. “Esse é o esquema que prevaleceu no processo eleitoral brasileiro”, disse. “O que o Brasil inteiro quer é que essa situação mude, até porque o País precisa ser bem governado”, completou. Serra ressaltou que os desdobramentos da corrupção afetam investimentos do governo federal e o crescimento nacional. “Se a gente vê um governo envolvido em tantas práticas lesivas ao interesse público, há uma certa perda de credibilidade pelo poder central”, afirmou.
Na palestra, o ex-governador destacou que o desafio atual do Brasil é vencer a barreira do subdesenvolvimento e que, para isso, o governo federal deve repor a nação em sua trajetória histórica de crescimento. Acrescentou que o País tem o que chamou de “três bônus” para atingir um crescimento sustentado: a evolução demográfica, a liderança na produção de matérias primas e uma grande matriz energética.
Ponderou, porém, que o aproveitamento de tais bônus deve ser acompanhado de uma taxa maior de investimento do governo federal e de políticas públicas adequadas. Serra disse também que o País apresenta como empecilhos a alta taxa de juros, o câmbio sobrevalorizado e a alta carga tributária, para entrar em uma rota efetiva de desenvolvimento.