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Sede da CDHU é invadida; como os movimentos de sem-teto punem os pobres e impedem que se faça uma política de moradia

A presidente Dilma Rousseff resolveu, por decreto (leia posts), instituir a participação dos ditos “movimentos populares” na administração pública, certo? Certo, mas estupidamente errado em matéria de democracia. Os exemplos se multiplicam. Tomemos um caso em curso em São Paulo. Uma tal “Rede de Comunidades Extremo Sul”, que organiza os ditos sem-teto, decidiu invadir a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h44 - Publicado em 2 jun 2014, 23h11

A presidente Dilma Rousseff resolveu, por decreto (leia posts), instituir a participação dos ditos “movimentos populares” na administração pública, certo? Certo, mas estupidamente errado em matéria de democracia. Os exemplos se multiplicam.

Tomemos um caso em curso em São Paulo. Uma tal “Rede de Comunidades Extremo Sul”, que organiza os ditos sem-teto, decidiu invadir a sede da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e lá acampar. É a empresa do governo do Estado de São Paulo que constrói casas populares. Prestem atenção a como operam esses grupos, de inequívoco caráter fascistoide.

Um terreno pertencente à CDHU foi invadido por liderados dessa tal “Rede”. Há uma ordem de reintegração de posse. Ele está destinada à construção de casas para pessoas que foram retiradas de área de mananciais — portanto, trata-se de uma destinação inequivocamente social. As pessoas que têm direito a essas moradias foram prévia e devidamente cadastradas. Também são pobres. Também não têm onde morar. O que as diferencia é a não opção pela ação criminosa, como a invasão de um terreno público e a ocupação de uma empresa do estado.

Mas quê!!! A tal rede quer que os outros pobres se danem. Ela pretende é garantir a área para os seus liderados, para a sua corporação. Esse tipo de coisa destrói qualquer possibilidade de fazer uma política organizada. Ao contrário: ações dessa natureza contribuem para retardar a construção de casas, tornando ainda mais difícil a vida de quem precisa de moradia. Pior: deixa-se de fazer construções segundo padrões mínimos de qualidade. Em seu lugar, nascem novas favelas. Coisa parecida acontece com prédios ocupados no Centro da cidade: em vez de uma política racional de ocupação, assiste-se a uma multiplicação de cortiços.

Ora, cabe, então, a pergunta: não é exatamente isso o que querem, na prática, os petistas? Quando o prefeito Fernando Haddad mobiliza o seu partido para que o Plano Diretor legalize a invasão de uma área de mananciais, o que se faz é estimular esse tipo de comportamento delinquente.

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Carolina Oliveira, a coordenadora do tal “Rede de Comunidades Extremo Sul”, tenta explicar: “Essas famílias já foram despejadas cinco vezes de outro terreno, muitos não têm mais nada. Nós já tínhamos acordado com a CDHU de que essa reintegração de posse não acontecesse até o poder estadual e municipal conseguirem atender essa demanda de habitação”.

Não sei se o acordo aconteceu desse modo, mas noto que os ditos “movimentos” não são dotados de direitos especiais, que lhes garantem prevalência sobre as demais pessoas. O PT armou, com sua política irresponsável, essa bomba, assim como armou também a da mobilização indígena.

Mas Gilberto Carvalho acha pouco e quer gente assim decidindo os destinos da nação, ao arrepio dos marcos da democracia.

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