Representantes de BCs temem efeito da volatilidade na América Latina
Por Jamil Chade, no Estadão desta segunda:O Brasil pode ter perdido o melhor momento internacional para crescer na década e terá de aprender agora a conviver com um cenário de volatilidade diante das incertezas sobre o futuro da economia americana e sua desaceleração. Reunidos na Basiléia, representantes dos principais bancos centrais latino-americanos deixaram claro que […]
O Brasil pode ter perdido o melhor momento internacional para crescer na década e terá de aprender agora a conviver com um cenário de volatilidade diante das incertezas sobre o futuro da economia americana e sua desaceleração. Reunidos na Basiléia, representantes dos principais bancos centrais latino-americanos deixaram claro que estão preocupados com a ‘profundidade’ dos ajustes nos mercados financeiros internacionais e o impacto para o crescimento da América Latina.’A volatilidade é o nome do jogo hoje’, disse Martin Redrado, presidente do BC argentino. ‘Os Estados Unidos pegam um resfriado e nós todos na América Latina, uma pneumonia’, afirmou Guillermo Ortiz, presidente do banco central do México. Ontem, na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), presidentes dos BCs das principais economias debateram os motivos do ajuste que está ocorrendo nos mercados.Para muitos, a China teve papel nesse ajuste, mas não deve ser vista como a razão central da turbulência. O presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, também participou do evento, mas só se pronunciará hoje.’Não sabemos até que ponto os ajustes vão ocorrer’, afirmou o presidente do banco central do Chile, Victorio Corbo, ao deixar um dos encontros. Ele destaca que os BCs já vinham alertando sobre os potenciais riscos para a economia internacional, que ficaram claros nas últimas duas semanas. No fim de fevereiro, um ajuste na Bolsa de Valores de Xangai estremeceu os mercados e as incertezas foram mantidas diante dos índices americanos abaixo da expectativa dos mercados.
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