BLACK FRIDAY: ASSINE a partir de R$ 1 por semana

Reinaldo Azevedo

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Reforma política – Câmara volta atrás e não aprova mais mandato de cinco anos. E quase ocorre outro retrocesso

Eita! A coisa virou uma quizomba danada, o que pode indicar que, de fato, os políticos não têm lá muita disposição para fazer reforma nenhuma. Nesta quarta, a Câmara começou a votar o texto da reforma política que reúne as emendas antes aprovadas. Pois bem, na votação dos destaques, novos retrocessos. Faltaram 12 votos para […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 00h56 - Publicado em 16 jul 2015, 05h35

Eita! A coisa virou uma quizomba danada, o que pode indicar que, de fato, os políticos não têm lá muita disposição para fazer reforma nenhuma. Nesta quarta, a Câmara começou a votar o texto da reforma política que reúne as emendas antes aprovadas.

Pois bem, na votação dos destaques, novos retrocessos. Faltaram 12 votos para confirmar o mandato de cinco anos para todos os cargos. O destaque com esse conteúdo obteve 296 votos favoráveis — eram necessários 308 — e 154 contrários. Assim, o texto que sair da Câmara para o Senado prevê mandato de oito anos para senador e de quatro para todos os outros cargos. Como hoje. Foi mantida a proibição de reeleição para o Executivo.

Até um detalhe tolo, de mero bom senso, retrocedeu. As posses de governadores e presidente voltaram para o dia 1º de janeiro. Na versão anterior, dar-se-iam, respectivamente, nos dias 4 e 5. Pior para os jornalistas, coitados!, obrigados a ouvir discursos aborrecidos no Réveillon.

Inconformados com a derrota antes sofrida, PT e PPS apresentaram um destaque para, ora vejam, proibir a doação de empresas privadas a campanhas, matéria que já tinha sido superada. PMDB e DEM apresentaram questão de ordem contra o destaque. Eduardo Cunha, presidente da Câmara, suspendeu, então, a votação, que será retomada só em agosto, depois do recesso. Os petistas protestaram. Diziam que, se a votação tivesse ocorrido nesta quarta, teriam revertido o revés anterior.

Continua após a publicidade

Senado
No Senado, também está em curso uma reforma política. Foi aprovada uma boa proposta: na prática, o texto acaba com as coligações nas eleições proporcionais. Por quê? Ainda que partidos nanicos estejam formalmente coligados a legendas maiores, terão de alcançar, com os seus próprios votos, o coeficiente eleitoral para eleger seus representantes. Vale dizer: ao fazer a distribuição de cadeiras, contam-se os votos de cada legenda, não da coligação.

O Senado já havia aprovado texto parecido, mas foi rejeitado pela Câmara, que, na sua própria reforma, decidiu manter as coligações proporcionais, que é o maior incentivo que se pode dar a nanicos e à fragmentação partidária, um processo sem dúvida nefasto da política brasileira. O texto do Senado, por sua vez, migrará para a Câmara, onde pode ser de novo rejeitado.

Como se nota, fazer uma reforma política é coisa bem mais complicada do que parecia à primeira vista, não é mesmo?

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A melhor notícia da Black Friday

Assine VEJA pelo melhor preço do ano!

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana

a partir de R$ 1,00/semana*
(Melhor oferta do ano!)

ou

BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

a partir de R$ 29,90/mês
(Melhor oferta do ano!)

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas. Acervos disponíveis a partir de dezembro de 2023.
*Pagamento único anual de R$52, equivalente a R$1 por semana.