Que se extingam todos os órgãos encarregados de vigiar o governo!
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, também falou sobre a CPI da Petrobras:“A Petrobras é a empresa que mais investe no Brasil. Atrapalhar essa empresa, provocar alguma turbulência na Bolsa, comprometer alguma possibilidade de captação que ela possa querer fazer, isso realmente não ajuda em nada”. Ele fez essa declaração depois de participar da abertura […]
“A Petrobras é a empresa que mais investe no Brasil. Atrapalhar essa empresa, provocar alguma turbulência na Bolsa, comprometer alguma possibilidade de captação que ela possa querer fazer, isso realmente não ajuda em nada”. Ele fez essa declaração depois de participar da abertura do 21º Fórum Nacional realizado na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio.
É outra autoridade mais ocupada em fazer terrorismo do que em negar eventuais irregularidades. Santo Deus! O que tanto essa gente teme que seja investigado? Também acho natural que governos não gostem de CPI e tentem impedi-las. Mas, uma vez criadas, sua obrigação é colaborar para que todas as dúvidas sejam dirimidas.
Se houver alguma grossa falcatrua na empresa, é até possível que isso gere alguma turbulência. Mas me digam: será, nessa hipótese, uma dificuldade criada pela investigação ou pela safadeza? Qual é a alternativa? Deixar que a sacanagem corra solta para não gerar, então, contratempos? A ser assim, chegamos, finalmente, à entronização da malandragem como método de governança.
O PT deveria levar a sério, então, esta fantástica tese de que qualquer apuração agride os interesses nacionais e simplesmente pedir o fim de todos os organismos encarregados de acompanhar a gestão pública: das agências reguladoras ao TCU.
Vamos aderir à democracia cubana, norte-coreana ou, vá lá, chinesa… Se o governo faz, então, certamente, é para o nosso bem. Não fica bom assim?