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Produtor planeja caravana por cidades sem cinema para exibir filme sobre Lula a preços populares

Já publiquei 350 comentários. Agora só faltam mil e poucos… Chego lá. Enquanto isso, vejam que bacana. Por André Miranda, no Globo Online: Se os espectadores não vão – ao menos como se esperava – até o filme, então que o filme vá até os espectadores. Desde sua estreia, em 1º de janeiro, o longa-metragem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h01 - Publicado em 28 jan 2010, 16h52

Já publiquei 350 comentários. Agora só faltam mil e poucos… Chego lá. Enquanto isso, vejam que bacana.

Por André Miranda, no Globo Online:
Se os espectadores não vão – ao menos como se esperava – até o filme, então que o filme vá até os espectadores. Desde sua estreia, em 1º de janeiro, o longa-metragem “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto, atraiu cerca de 800 mil pessoas ao cinema. O público é bem acima da média nacional (em 2009, apenas quatro produções tiveram desempenho superior), mas abaixo das altas expectativas dos produtores que chegaram a falar em 20 milhões de espectadores. Para reverter a situação, o produtor Luiz Carlos Barreto explica que vai criar uma espécie de caravana que vai percorrer as cidades brasileiras sem salas de cinema exibindo “Lula”.

Como o senhor avalia o desempenho de “Lula, o filho do Brasil” até agora?
LUIZ CARLOS BARRETO
: Eu acho o desempenho do filme muito abaixo daquilo que a gente esperava, mas muito acima do que se pode chamar de fracasso. A média de público no Brasil, não apenas de filmes brasileiros, mas de qualquer filme lançado, é de 220 mil espectadores por filme. Nós estamos em 800 mil.

Mas o que o senhor acha que aconteceu para o público do filme ficar abaixo do esperado?
BARRETO
: Houve vários erros. O primeiro foi realmente termos aceitado exibir o filme na abertura do Festival de Brasília. Brasília é a capital política do país, e, naquela altura, já surgiam os primeiros comentários de que o filme teria uma influência nas eleições. Estávamos entrando na arena dos leões. Além disso, a data era muito longe do lançamento. O filme teve uma exposição a partir de Brasília que só se justificaria se lançássemos uma semana depois. Com o “Tropa de elite”, por exemplo, assim que surgiu o fato da pirataria, deflagrando uma mídia grande, eles anteciparam o lançamento. Nós poderíamos ter tido um pouco mais de audácia e fazer o mesmo. Se fizéssemos, também teríamos evitado a onda do “Avatar”, que foi subestimado, não só por nós, mas por todo mundo. A gente achou que o “Lula” seria a grande novidade. Aí comprovou-se que “Avatar” não era apenas um grande evento, mas também um muito bom filme.

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O lançamento em 1º de janeiro, então, foi ruim para o filme?
BARRETO
: A data não era propriamente para um filme com a natureza do “Lula”. Ela pode ser uma boa data para filmes de aventura, comédias, infanto-juvenis ou filmes para toda a família. O “Lula”, sendo um filme de grande emoção deveria estrear depois das férias, quando a população estivesse no ritmo de vida mais normal. Foi um erro de avaliação coletiva, de produtores, distribuidores e exibidores. O problema é que a polêmica o transformou num filme político. E filme político é um saco, ainda mais nas férias. O cara não vai sair da praia, tomar seu chope e ir ao cinema assistir a um filme político. Ele pode até fazer isso em outra época, mas não nas férias.

Em quantas salas o filme está sendo exibido hoje?
BARRETO
: Em 202 salas. São 150 a menos do que na estreia. Mas eu acho que ainda dá para enxugar mais. Há estudos que dizem que é a partir da quinta semana que um filme mostra seu potencial. É essa a estratégia que estamos adotando. Além do mais, sabemos bem que o grande público do filme não tem poder aquisitivo suficiente para ir aos cinemas. Faz parte, então, de uma das nossas estratégias, a principal, de ir ao encontro do público que não pôde vir ao encontro do filme.

Como isso será feito?
BARRETO
: O projeto está sendo elaborado, ainda nem tem nome, mas devemos lançá-lo em março. O último Censo indicou que Brasil tem um total de 57 milhões de pessoas que moram em cidades de 20 mil a 500 mil habitantes sem cinemas. Já temos pelo menos 12 unidades de caminhão com projetor, tela e cadeiras para operar. Vamos levar esses caminhões para essas cidades. Não será um projeto só para o “Lula”. Nós descobrimos que existe um mercado real que está fora do circuito. Nós temos que chegar a esse mercado, com nossos filmes e também com os filmes de outros produtores. A ideia é criar uma empresa nova de exibição.

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Vocês vão cobrar ingresso ou haverá patrocínio?
BARRETO
: Nós vamos cobrar ingressos a preços populares, o que vai variar dependendo do lugar. O projeto é nosso. Mas, na medida do possível, teremos patrocínios regionais e talvez alguns nacionais.

É um projeto de longa duração, não?
BARRETO
: Sim, isso demora, pode levar mais de um ano. A gente vai começar pelas cidades de 100 mil a 500 mil, depois de 50 mil a 100 mil, e por fim de 20 mil a 50 mil. Será um programa de inclusão social.

Qual é a expectativa de público com o novo projeto?
BARRETO
: Entre 10% e 20% do número total de 60 milhões. É uma meta. Nós já havíamos feito algo parecido no Rio Grande do Sul, com operadores locais, na época do lançamento do “Quatrilho” (1994). Depois de exibirmos o filme em circuito convencional, nós o exibimos num circuito volante. Desta vez será parecido. Para cada região haverá um grupo operador.

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