Primeiro quadrimestre gera superávit nominal de 0,76% do PIB
Por Juliana Rocha, na Folha:A arrecadação fiscal recorde nos quatro primeiros meses do ano foi suficiente para gerar superávit nominal de 0,76% do PIB -ou seja, após pagar todas as suas despesas incluindo os juros da dívida pública, União, Estados e municípios fizeram uma economia de R$ 6,8 bilhões, melhor resultado da história.O resultado só […]
A arrecadação fiscal recorde nos quatro primeiros meses do ano foi suficiente para gerar superávit nominal de 0,76% do PIB -ou seja, após pagar todas as suas despesas incluindo os juros da dívida pública, União, Estados e municípios fizeram uma economia de R$ 6,8 bilhões, melhor resultado da história.
O resultado só não foi melhor porque as estatais federais tiveram déficit em abril, uma surpresa para especialistas. Já o superávit primário do quadrimestre -resultado antes do pagamento de juros- foi de 6,82% do PIB.
Em abril, o superávit primário do governo foi de R$ 18,7 bilhões, menor que em abril do ano passado, de R$ 23,5 bilhões. Apesar do aumento de arrecadação, o déficit das estatais e a desvalorização cambial provocaram a queda.
Como o país é credor em dólares (as reservas cambiais são maiores que a dívida externa), quando a moeda americana se desvaloriza em relação ao real, a dívida líquida sobe. Se não fosse pela depreciação cambial de 3,54% em abril, o superávit primário teria sido R$ 9,1 bilhões maior ou a dívida líquida teria caído 0,3 ponto. Em abril, a dívida líquida foi de 41% do PIB. No ano, o câmbio já teve impacto negativo no superávit primário de R$ 8,4 bilhões.