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Reinaldo Azevedo

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Presidencialismo brasileiro não é de “coalizão”, mas de “colisão” com a moralidade e com a eficiência

A forma como o poder é dividido no Brasil entre os partidos da base aliada representa um desastre para os cofres públicos, para a moralidade e para a eficiência.  Reportagem da VEJA Online informa que Dilma está embatucada porque, ainda que considere necessário substituir Alfredo Nascimento, não sabe quem indicar. Como assim? Pois é… O […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h25 - Publicado em 6 jul 2011, 16h56

A forma como o poder é dividido no Brasil entre os partidos da base aliada representa um desastre para os cofres públicos, para a moralidade e para a eficiência.  Reportagem da VEJA Online informa que Dilma está embatucada porque, ainda que considere necessário substituir Alfredo Nascimento, não sabe quem indicar. Como assim? Pois é… O Ministério dos Transportes faz parte do feudo do PR, entenderam? A presidente tem de encontrar um substituto entre os quadros do partido. É espantoso!

Vejam bem: eu estou entre aqueles que, por motivos óbvios, consideram normal que um presidente governe com os partidos que o ajudaram a se eleger; com a oposição é que não haveria de ser. Sim, é verdade, o Brasil tem uma estranha forma de bipartidarismo, diferente da dos EUA: lá, existem republicanos e democratas; aqui, existem governistas e oposicionistas, e isso quer dizer que, a depender da conjuntura, oposicionistas podem se tornar governistas; já o PMDB será sempre governista; o PT, sempre oposicionista se não pouder, como eles diriam, “hegemonizar” o processo…

Se Dilma quer aquela base fabulosa no Congresso, tem de distribuir ministérios, cargos, estatais etc e tal. Mas é possível fazê-lo tendo como fim o interesse público. Notem: há uma diferença entre escolher O MELHOR NOME PARA OS TRANSPORTES ENTRE TODOS OS PARTIDOS DA BASE e fazê-lo somente entre os quadros do PR. Na primeira hipótese, a chance de escolher alguém competente, até mesmo ético…, aumenta muito, não é mesmo?

Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, já veio a público para afirmar que seu partido não está de olho no cargo porque o ministério é do PR. Então não é ministério, mas feudo. Isso não é “presidencialismo de coalizão”, mas “presidencialismo de colisão com a moralidade”. Ora, se a legenda sabe que o ministério é seu, é evidente que se vai formar uma espécie de “câmara para assuntos de estradas e empreiteiras”. É óbvio que se cria um “alto comando” para gerenciar os bilhões de reais da pasta. O resultado é este que se vê: as estradas federais se encontram num estado miserável, e se forma uma cúpula de larápios para roubar os brasileiros.

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“Mas se o melhor nome não for do PR, ela terá de compensar o partido de algum jeito, quem sabe mexendo em outra pasta…” Pois é. Formar equipe não é fácil; são ossos do ofício. Inaceitável é saber que cabe ao patriota Valdemar Costa Neto, em último caso, decidir quem cuida do Ministério dos Transportes. Há uma diferença entre governar com os aliados e lotear o governo.

O problema de Dilma não está nos nomes, mas no método.

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