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Por que “eles” mudaram de idéia – 1

Queridos, Vocês me pedem o que pode ser impossível: que explique por que “eles” mudaram de idéia. Tenho aqui uma cadeia de plausibilidades, não é? Por que digo assim? O jornalismo não é o meu negócio; o meu negócio é o jornalismo, e isso faz uma brutal diferença na comparação com anões, mascates, tocadores de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h59 - Publicado em 14 jan 2008, 15h59

Queridos,

Vocês me pedem o que pode ser impossível: que explique por que “eles” mudaram de idéia. Tenho aqui uma cadeia de plausibilidades, não é? Por que digo assim? O jornalismo não é o meu negócio; o meu negócio é o jornalismo, e isso faz uma brutal diferença na comparação com anões, mascates, tocadores de tuba e jornalistas “dualéticos”. Antes de escrever, não consulto quem paga as contas nem a minha madraçal ideológica. Escrevo o que penso. Sim, falarei das plausibilidades — fiquem calmos.

Para quem tem em seu salário a única fonte de renda — como bem deve saber a Receita Federal — e tem na Constituição e nas leis democraticamente votadas o seu guia, a indagação: “Pô, quem tá lucrando com isso?” é menos importante. A minha primeira pergunta é sempre esta: “Isso que está sendo feito cumpre o rito legal?” É minha pergunta e minha divisa. Como vocês sabem, eu a emprego até mesmo para definir a diferença entre “esquerda” e “direita”. Um direitista democrático é aquele para quem as noções particulares de justiça não autorizam o esbulho da lei. Um esquerdista acredita que a lei possa ser solapada em nome de um entendimento particularista do que seja justiça.

Por que me opus à venda da Brasil Telecom para a Oi? Porque é ilegal. É simples, não é? É bom ser simples assim. E a operação teria de ser “legalizada” por meio de um decreto ad hoc, feito com a finalidade exclusiva de tornar possível o ilegal. E aí saquei a minha máxima: no capitalismo, os negócios são feitos de acordo com a lei; no cartorialismo, as leis são feitas de acordo com os negócios; a primeira prática define uma república democrática; a segunda, uma aristocracia bananeira.

Daniel Dantas? Previ? Carlos Jereissati? Sérgio Andrade? Sérgio Rosa? Lulinha? O pipoqueiro da esquina? Nem entrei nas considerações de ganhadores e perdedores — não que elas sejam irrelevantes: não são. Mas costumo deixar isso para o jornalismo investigativo, que tem cumprido a sua função. Eu investigo procedimentos. Investigo princípios. Mas tenho, sim, uma leitura do que está em curso, e ela, acredito, aclara o comportamento da canalha, que ora está de um lado, ora está de outro.

E é disso que trato no post seguinte.

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