Por falar em sites e blogs de gente desonesta, e a história das 200 ligações?
Por quanto tempo o “jornalismo livre como um táxi” (by Millôr Fernandes) sustentou a farsa de que havia 200 telefonemas entre Policarpo Júnior, da VEJA, e Carlinhos Cachoeira? No sábado, revelei aqui: não eram 200, mas apenas dois. No conjunto dos grampos, há 46 referências a Policarpo. Numa coisa ou noutra, como reconheceram os dois […]
Por quanto tempo o “jornalismo livre como um táxi” (by Millôr Fernandes) sustentou a farsa de que havia 200 telefonemas entre Policarpo Júnior, da VEJA, e Carlinhos Cachoeira? No sábado, revelei aqui: não eram 200, mas apenas dois. No conjunto dos grampos, há 46 referências a Policarpo. Numa coisa ou noutra, como reconheceram os dois delegados que falaram à CPI, há nada além da relação entre fonte e repórter.
Digamos que existam leitores de boa-fé que admirem aqueles blogs e sites lá, vocês sabem quais. Muito bem! Revelada a verdade, conhecidos os testemunhos do delegado, o que tem de fazer quem é decente? De reconhecer o que poderia chamar “erro”. Cadê o reconhecimento? Igualmente os leitores deveriam cobrar, não?
Ocorre que não se tratava de erro, mas de mentira deliberada, o que é coisa bem diferente. Interessava mobilizar o mundo das sombras contra a revista porque, como já se sabe a esta altura, o caso Cachoeira era o que menos importava. Tratava-se de uma armação para tentar livrar a cara dos mensaleiros.
Essa turma não queria investigar os crimes que vieram à luz agora, mas esconder os crimes de antes. De resto, ainda que tivesse havido as 200 ligações, todas elas teriam um só propósito: buscar informação. Como aquela farsa é agora insustentável, o eixo da acusação vai mudando. Como se trata de tarefa paga — a marca do “partido” é claríssima —, eles seguem atirando, ainda que contra o nada.