PMDB e PT buscam nomes para substituição de Luiz Sérgio na articulação política
Por Luíza Damé e Maria Lima, no Globo: O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, após a cerimônia de lançamento do plano de proteção às fronteiras, que o PMDB não quer a articulação política do Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, almoçou com a presidente Dilma para definir o […]
Por Luíza Damé e Maria Lima, no Globo:
O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, após a cerimônia de lançamento do plano de proteção às fronteiras, que o PMDB não quer a articulação política do Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, almoçou com a presidente Dilma para definir o futuro dele. No Planalto, é dada como certa a saída de Luiz Sérgio após a queda do ex-ministro Antonio Palocci. “O PMDB não quer a articulação política. Isso é com o PT”, disse Temer.
Na terça-feira à noite, em reunião do PMDB no Palácio do Jaburu, o nome da ministra da Pesca Ideli Salvati foi rejeitado de pronto para substituir Luiz Sérgio. No partido, que não abre mão de avalizar a escolha do substituto de Luiz Sérgio, a melhor alternativa seria a realocação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a articulação política. Mas o nome do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também teria apoio do PMDB.
O consenso entre os líderes da base na Câmara e no Senado é que o escolhido deve sair da Câmara, para compensar a escolha de uma senadora para o lugar de Palocci. Mas o PT discutia, em várias reuniões com o presidente Rui Falcão, alternativas novas, como o nome do desconhecido Olavo Noleto, que sucedeu o hoje ministro da Saúde Alexandre Padilha na Secretaria de Assuntos Federativos (SAF).
“Quem? Olavo Noleto? Se ele ligar pra mim não vou nem saber quem é”, comentou outro peemedebista que esteve na reunião do Jaburu. No PMDB, a avaliação é que Vaccarezza ficou meio atordoado com a derrota para Marco Maia (PT-SP) na presidência da Câmara, e que a derrota na votação do Código Florestal não o inviabilizaria para o cargo de Luiz Sérgio.
Sobre a proposta de Michel Temer assumir o comando da articulação política, os peemedebistas torcem o nariz: “É colocá-lo um degrau abaixo. Michel tem que ter poder, mas não pode ter cargo de ministro”.