Viram só? Não falei? Foi pior do que o esperado. Os mais pessimistas falavam em crescimento do PIB no segundo trimestre de 0,6%. Os otimistas de sempre falavam em 1,1%, e já era uma mixaria. Deu 0,5%. Lula prometeu para este 2006 um crescimento entre 4% e 5%. Conforme já se noticiou aqui (ver abaixo), […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h16 - Publicado em 31 ago 2006, 16h32
Viram só? Não falei? Foi pior do que o esperado. Os mais pessimistas falavam em crescimento do PIB no segundo trimestre de 0,6%. Os otimistas de sempre falavam em 1,1%, e já era uma mixaria. Deu 0,5%. Lula prometeu para este 2006 um crescimento entre 4% e 5%. Conforme já se noticiou aqui (ver abaixo), a hipótese do 1,1% apontava para um crescimento anual de 3,5%. Como ficou só em 0,5%, então é o caso de começar a apostar num número menor. Vejam abaixo os números do crescimento médio dos dois governos de FHC e os do governo Lula. Se a economia se expandir 3,5% neste ano, agora uma hipótese otimista (!!!), a média do Apedeuta será de 2,8%. E isso com o mundo “bombando”, como diz a moçada, com os emergentes crescendo a taxas superiores a 7%. Indagado ontem, no Jornal da Globo, sobre o tema, o Apedeuta fez o elogio do apedeutismo. Leiam: “Veja, primeiro, é preciso ver a realidade de cada país. Nós temos que comparar o nosso país com o nosso país, com a nossa cultura, com a nossa indústria, com o nosso comércio, com a nossa capacidade de vender e de comprar. De todos esses países, podem ter alguns crescendo mais do que o Brasil. Mas nenhum tem a conjuntura de fatores positivos que tem a macroeconomia brasileira. Nós temos um conjunto de fatores positivos, de crescimento econômico, de crescimento das exportações, de crescimento da produção industrial, de crescimento do crédito, de crescimento da balança comercial, de crescimento da balança de conta corrente – o que é uma coisa inusitada na história do Brasil. Eu tenho pedido para economistas meus amigos analisarem, desde que foi proclamada a República até os dias de hoje, se houve algum momento na história do Brasil que a economia brasileira tenha tantos fatores positivos combinando entre si.” Parece que alguma coisa na nossa cultura nos impede de crescer mais. Na nossa indústria, como ele citou, com certeza, há duas coisas: câmbio e juros. E é justamente o desempenho industrial o principal responsável pelo desempenho pífio do PIB. É claro que o Copom já tinha ontem o número. Por isso decidiu que não era mais hora de brincar de menino malcriado: baixou a Selic em 0,5 ponto. O modelo começa a fazer água. Se Lula for reeleito, estoura no segundo mandato. Vai uma aposta aí?
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