PETROLÃO – Lava Jato prende Pascowitch, acusado de repassar propina para diretoria que estava com o PT
Por Flávio Ferreira e Estelita Hass Corazzai, na Folha: Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (21) Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços, que Renato Duque ocupou entre 2003 e 2012 na estatal. […]
Por Flávio Ferreira e Estelita Hass Corazzai, na Folha:
Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (21) Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços, que Renato Duque ocupou entre 2003 e 2012 na estatal. Pascowitch foi preso em São Paulo por reiteração criminosa e para a garantia da ordem pública, segundo o procurador Carlos Fernando Lima. As movimentações financeiras do operador, oriundas de propina, sustenta ele, continuavam em andamento mesmo após a deflagração da Lava Jato. O irmão dele, José Adolfo, também apontado como operador no esquema, foi levado em condução coercitiva, ordem judicial para prestar depoimento às autoridades. Ligações de outras empreiteiras com Pascowitch também serão investigadas. Segundo o Ministério Público, existem indicativos de depósitos de outras empresas, como a UTC, para o operador.
O objetivo desta 13ª fase da operação é investigar crimes dos dois operadores financeiros do esquema de corrupção na estatal. Ainda não há estimativas de quanto eles movimentaram. A força-tarefa da Lava Jato apura as ligações dos operadores com Duque e com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A Jamp Engenheiros Associados, empresa de Pascowitch, a fez pagamentos de R$ 1,45 milhão à JD Consultoria, firma de Dirceu, em 2011 e 2012. Pascowitch é apontado como um dos onze operadores da propina na diretoria de Serviços, comandada por Duque (indicado pelo PT), e com bom trânsito no Partido dos Trabalhadores. “Isso ainda não está claro, mas é uma linha investigativa”, disse o procurador sobre a relação com petistas. “Não sabemos quem são as pessoas com quem ele conversava no partido, mas vamos investigar.”
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