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Reinaldo Azevedo

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Os libertários liberticidas não passarão!

Ah, mas era só o que faltava! Uma corrente resolveu invadir o blog para sustentar, vejam que almas delicadas!, que as Igrejas “não têm o direito” de interferir em questões que não estejam diretamente relacionadas à religião, como o aborto e a lei anti-homofobia. De saída, sustento que têm sim. Mas brinco um pouco: vamos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h09 - Publicado em 9 abr 2012, 19h47

Ah, mas era só o que faltava!

Uma corrente resolveu invadir o blog para sustentar, vejam que almas delicadas!, que as Igrejas “não têm o direito” de interferir em questões que não estejam diretamente relacionadas à religião, como o aborto e a lei anti-homofobia. De saída, sustento que têm sim. Mas brinco um pouco: vamos fazer de conta que não tivessem. Então os abortistas e as alas sectárias do movimento gay podem tentar transformar em crime uma opinião divergente, mas os líderes religiosos deveriam ser proibidos de enviar uma mensagem aos seus fiéis sobre temas que estão em debate? Ah, tenham paciência, não é?

Esses caras endoidaram de vez! Então o que querem é ditadura mesmo!

Alguns se indignam, com os dois pés no chão — e as duas mãos também: “Por que os religiosos têm de se meter nesses assuntos que dizem respeito ao estado?” Digamos que assim fosse… Eu teria, então, de perguntar: por que a tal lei de combate à homofobia pretende mexer com convicções que dizem respeito à religião? Ora…

Debate nos eixos
Vamos pôr o debate nos eixos. Não são as religiões, de fato, que tomam as decisões de estado. Ocorre que, numa democracia — e, por enquanto ao menos, ainda não renunciamos a ela —, os crentes têm o direito de se manifestar e de defender os seus valores. A exemplo de qualquer outro grupo, podem e devem se organizar para tentar influenciar a opinião de quem decide. Só nas tiranias esse tipo de mobilização é proibida.

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De resto, há um pressuposto errado nesse debate. As religiões não decidem, mas estão, sim, comprometidas com esses temas porque eles remetem a fundamentos morais que orientam essas crenças. Alguns ainda ensaiam: “Ah, mas o aborto não se tornaria obrigatório; só deixaria de ser crime. Ninguém seria obrigado a fazê-lo”.

É um argumento tolinho porque faz supor que só podemos opinar com legitimidade sobre coisas que nos digam respeito diretamente. Bem, então se deveria liberar, por exemplo, o comércio de órgãos… Venda uma córnea ou um rim quem quiser! Ninguém tem nada com isso. Se percebo que o indivíduo A escraviza o B, e dado que este não se revolta e aceita a violência, por que isso deveria me chocar? Virem-se os dois! Essa seria a sociedade da barbárie. A dignidade humana é um valor que não depende apenas de arbitragens individuais. E é normal e saudável que haja divergências a respeito do tema.

As minorias influentes, que conquistaram o direito de se expressar e de tornar públicas as suas demandas em razão de um regime de liberdades, agora se voltam contra esse próprio regime que as trouxe à luz, maximizando de tal sorte a sua causa particular que ela se torna, para eles, maior do que o próprio princípio geral que lhes deu visibilidade: o da liberdade de opinião.

Ou não é isso que pretendiam as ONGs que prepararam os kits gays para a escolas, sob o comando de Fernando Haddad. Os tais filmes não se limitavam a pregar a tolerância, a igualdade, os fundamentos do respeito ao outro. Não! Aquilo era proselitismo, defesa de um estilo de vida. Ou seja: a causa particular, de um grupo, tomou o lugar da causa universal: a tolerância.

Não! Esses grupos estão errados. E nosso papel é, com serenidade, mas com firmeza, deixar isso claro. Eles não são donos da democracia; ao contrário, a democracia é que os abriga, como nos abriga a todos.

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