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Reinaldo Azevedo

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Os impunes de Protógenes

Vocês lerão, posts abaixo, que, na opinião de uma penca de magistrados, a Operação Satiagraha pode ser simplesmente anulada. Nada menos do que isto: anulada. Por quê? Porque o delegado Protógenes Queiroz, aquele que agora deu para publicar poesia de quinta categoria em seu blog (também, a julgar por outros poetastros da mão peluda que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h01 - Publicado em 10 set 2008, 07h15
Vocês lerão, posts abaixo, que, na opinião de uma penca de magistrados, a Operação Satiagraha pode ser simplesmente anulada. Nada menos do que isto: anulada. Por quê? Porque o delegado Protógenes Queiroz, aquele que agora deu para publicar poesia de quinta categoria em seu blog (também, a julgar por outros poetastros da mão peluda que cantam a sua glória…), recorreu a métodos ilegais para conduzir a sua investigação: da arapongagem terceirizada à escuta ilegal, houve de tudo.

Petralhas vivem reclamando — reclamem mesmo! — que tenho a mania de recorrer a textos antigos mostrando que antevi isso e aquilo. Pois é! Quantas vezes vocês leram aqui que a tal operação era tão atrapalhada e destrambelhada, que o delegado não conseguiria punir ninguém? Quantas vezes escrevi aqui que esse seu espírito supostamente “justiceiro” e esse seu “paladinismo” irresponsável eram de pleno interesse dos eventuais culpados?

O resultado está aí. Como é que se vai fazer justiça a partir de flagrantes ilegalidades? Sabem quem são os verdadeiros molestados por Protógenes? Gente inocente atacada naquela fantasia ridícula do primeiro relatório. Os eventuais culpados… Bem, estes estão mais felizes do que pinto no lixo.

No dia 3 de agosto, escrevi aqui:
“(…) não se quebra mais o sigilo de quem está sendo investigado. Agora é para valer e é oficial: não existem mais ligações — e isso inclui os e-mails — privadas no Brasil. Juízes de primeira instância e policiais decidiram seqüestrar os seus direitos. Segundo o tal Odilon de Oliveira, é preciso parar com os “garantismos” — que ele diz ser “dos bandidos”. E, para fazê-lo, não se incomoda em acabar também com os “garantismos” do cidadão comum.

Estamos todos entregues à sanha de justiceiros, que agem ao arrepio da lei, escarafuncham as nossas conversas, metem-se em nossa vida privada, invadem nossos direitos individuais e, depois, saem por aí fazendo a “edição” que melhor lhes convier do que conseguiram colher, atingindo aqueles que consideram seus “inimigos”. Usam a ação dos criminosos como pretexto para arroubos de estado policial.

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ATENÇÃO: ISSO QUE JUIZES DE PRIMEIRA INSTÂNCIA E PF ESTÃO FAZENDO NÃO EXISTE EM NENHUM PAÍS DEMOCRÁTICO DO MUNDO. Aliás, com essa abrangência, nem nas ditaduras. Não vai demorar, haverá verdadeiras gangues no Brasil dedicadas à chantagem — e em assuntos que nada terão a ver com questões públicas.

Fiquem certos: isso não vai contribuir para a diminuição do crime e da impunidade. Até porque os bandidos certamente não tratam as questões realmente relevantes por telefone.

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