OS ESBIRROS CAROS E BARATOS TENTAM INTIMIDAR GILMAR MENDES
Gilmar Mendes, presidente do STF, passou a incomodar os esbirros do petismo na imprensa, que não são poucos. Variam no talento, na profundidade, no número de livros lidos e até na sinceridade de propósitos, mas é certo que estão todos irmanados na causa. Estendo-me um pouco no item “sinceridade”. Há os que se comportam como […]
A palavra de ordem da hora, decidida no partido e reproduzida pelos áulicos, é acusar Gilmar Mendes de organizar a pauta da oposição. E há até quem o faça em tom supostamente elogioso, como se fosse aceitável um ministro do STF organizando a agenda oposicionista. Estivesse Mendes nessa quadra, deveria ser afastado do Supremo. A verdade, no entanto, é bem outra.
O ministro incomoda o PT (e os petistas, em especial os da imprensa) porque o PT incomoda o estado de direito democrático. Onde a agenda da democracia se choca com a do petismo — o que não é difícil —, tem-se, então, um ministro a lembrar, ó escândalo!!!, o que dizem a Constituição e as leis. O MST, que não existe, invade, depreda e mata. E o faz patrocinado pelo dinheiro público. O governo não recorre ao estoque legal de que dispõe para coibir a violência — sob o silêncio cúmplice de amplas fatias do Ministério Público.
E eis que surge Mendes, agora acusado de “oposicionista”, a lembrar que quem financia um movimento que pratica ilegalidades está, também, cometendo um crime. “Oh, que reacionário esse ministro! Acho que ele está organizado a agenda da oposição”. Isso quer dizer o quê? Que a agenda da situação comporta invasões de propriedades produtivas, depredação de laboratórios e assassinatos?
Grampeado pela Abin — o que foi reconhecido até pelo general que chefia a agência, mas não pelo jornalismo petista, tanto o caro como o baratinho —, Mendes fez o óbvio: exigiu providências. À esteira da crise, Paulo Lacerda caiu. Mas, claro!, o ministro só teria reagido porque é “oposicionista”… Fosse só um neutro, talvez não visse problema em ser grampeado, não é mesmo?
Caros e baratos estão irmanados no esforço de silenciar o presidente do STF, buscando intimidá-lo com acusações de partidarismo. Que ele resista!