Operação Ethos prende 33 suspeitos de colaboração com PCC
Entre os detidos está o vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos; advogados teriam ajudado a montar lista negra de agentes penitenciários
No Estadão:
A Operação Ethos, do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil, prendeu até o início da tarde desta terça-feira, 22, 33 pessoas, na maioria advogados, suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em várias cidades do Estado de São Paulo. Ao todo, a força-tarefa cumpria 41 mandados de prisão, busca e apreensão dados pela Justiça contra o crime organizado.
As investigações foram iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em Presidente Prudente, onde também foram efetuadas prisões. Na região de Campinas, ao menos três advogados foram detidos.
Em Cotia, na Grande São Paulo, foi preso o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, suspeito de receber mesada mensal de R$ 4,5 mil mensais do PCC. Promotores e policiais fizeram buscas na sede do conselho, em São Paulo.
Na região oeste do Estado, onde ficam os presídios de segurança máxima que abrigam integrantes da cúpula do PCC, foram presos cinco advogados em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau.
Buscas eram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2ª. Delegacia Seccional.
Outros quatro foram presos em Avaré. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias, mas podem ser prorrogadas ou transformadas em preventivas, com prazo indefinido.