O terrorismo estético dos invasores
Vocês sabem. Os horários do Tio Rei não são assim convencionais. Começo a escrever ainda de estômago vazio. Ao longo da tarde, vou sentindo um desconforto. Chego a pensar que estou tendo algum frêmito metafísico. É fome. Então como. E o mundo, de súbito, parece melhor. Mas por que isso? Porque me mandaram um vídeo […]
Gente cafona. Gente bokomoko (lembram-se desse adjetivo?). Gente atrasada. Foi só encher a reitoria de mulheres, e elas logo foram cozinhar. E o reacionário sou eu!!! Os machos cuidam da segurança e da poesia revolucionária, e as fêmeas, do fogão. Pareparam o alimento dos seus guerreiros de Atenas — os da música dos petralhas Chico Buarque e Augusto Boal, claro. Também não resistem a uma vassoura. Seria atavismo ou ainda é o papel que os revolucionários do século 21 imaginam adequado às mulheres? Não são exatamente machistas (“isso é coisa de direitista”): são apenas tolos, mimados, bobocas. As mulheres do meu tempo não pagariam esse micão.
Ah, sempre terei de lamentar certos aspectos do meu passado. Também fiz aquilo ali — ao menos havia uma ditadura militar, né?, e o governador era o indireto Paulo Maluf. Contextualizo, mas não me desculpo, bem entendido. E há uma diferença importante: a gente era um tanto cretino, mas não cafona. Posso desculpar quase tudo, até a monumental ignorância política dessa gente. Mas poesia vagabunda, ah, isso não! Isso é indesculpável. Para ver o vídeo, clique aqui. *
* Desaconselhável para diabéticos e indivíduos com baixa tolerância a SEPV (Sinais Explícitos de Poesia Vagabunda),