O “social-desenvolvimentismo” de Mantega não existe
Pro Adriana Fernandes, no Estadão de hoje: O Estado submeteu à avaliação de seis economistas as idéias do que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou a base do modelo social-desenvolvimentista. Em entrevista ao jornal, publicada no domingo, o ministro anunciou que o governo prepara um documento para explicar as bases desse modelo. Nenhum dos […]
O Estado submeteu à avaliação de seis economistas as idéias do que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou a base do modelo social-desenvolvimentista. Em entrevista ao jornal, publicada no domingo, o ministro anunciou que o governo prepara um documento para explicar as bases desse modelo. Nenhum dos economistas viu uma revolução conceitual em curso na gestão estratégica do Estado. Pelo contrário, onde o ministro viu “novidade”, a maioria viu “continuidade” – o que eles consideram a explicação essencial para o que está acontecendo de positivo hoje no País. Em nome da objetividade, Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, chega a ser irônico ao falar das políticas de transferência de renda festejadas pelo ministro Mantega como alavancas da criação da nova classe média. “Se Lula é o pai, o Fernando Henrique Cardoso é o avô.” Neri interessa-se menos pela disputa em torno da autoria das políticas, e mais pelo reforço da idéia de que o País vem ganhando com a manutenção de “gerações de políticas públicas que fazem parte da mesma linhagem”. Mas faz um alerta: “Programas vinculados ao salário mínimo são (políticas) de velha geração”. Nesta página, a síntese das avaliações:Assinante lê mais aqui e aqui
– Márcio Garcia – Professor de economia da PUC do Rio de Janeiro;
– Renato Baumann – Diretor da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) no Brasil)