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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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O seminário do PSDB e o futuro

Alguns leitores me perguntam por que não escrevi nada sobre o seminário do PSDB, que começa hoje, no Rio, promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, chamado “A Nova Agenda”. Um bobalhão até arriscou: “É porque o Serra não vai?” Um tucano que lhe é próximo — leio que o ex-governador estava ou está ainda fora do […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h15 - Publicado em 7 nov 2011, 06h19

Alguns leitores me perguntam por que não escrevi nada sobre o seminário do PSDB, que começa hoje, no Rio, promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, chamado “A Nova Agenda”. Um bobalhão até arriscou: “É porque o Serra não vai?” Um tucano que lhe é próximo — leio que o ex-governador estava ou está ainda fora do país — diz que isso é mera futrica interna, “plantação em coluna de fofoca”, e que Serra estará lá. Não, não foi por isso que nada escrevi. É que sou um só e tinha coisas que julguei mais importantes.  Não consigo falar sobre tudo o que tenho vontade. Felizmente, tenho mais coisas a dizer do que tempo físico e… braços (!) para dizê-las. O contrário é que deve ser triste, né? A julgar pelo número de acessos nestes dias, inclusive sábado e domingo, acho que fiz a escolha certa de temas. Mas sigamos.

Leio na Folha:
“A coordenação do seminário coube aos economistas Elena Landau e Edmar Bacha, ambos egressos do chamado ‘grupo da PUC-RJ’, que deu as cartas na política econômica nos anos FHC. O evento também terá participações de outros expoentes da era tucana, como os ex-presidentes do Banco Central Persio Arida, Armínio Fraga e Gustavo Franco, que atuam no mercado financeiro.”
Sem dúvida, parece haver certo clima de resgate da importância que o Real teve para o Brasil, história que foi esmagada nestes anos de lulo-petismo.

Os leitores sabem a importância que sempre atribuí ao plano neste blog. Mais do que isso: nunca tive receio, em momentos até mais bicudos, de defender o governo FHC, o mais importante do período republicano a meu ver, justamente porque rompeu com certos preconceitos. O seminário reúne, sem dúvida, gente de primeira grandeza. Mas sairá dali uma orientação política?

É certo que esses especialistas em mercado financeiro têm lá as suas divergências com os atuais comandados de Dilma Rousseff, mas não creio, sinceramente, que sejam questões que oponham de modo severo esses tucanos e aqueles petistas. O PT seqüestrou, com grande habilidade, a agenda da estabilidade, que era do PSDB. O problema é que o equilíbrio passou a ser instável. Nenhuma das duas legendas parece ter muito o que dizer.

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Para brincar com frase conhecida, quase um clichê, para mim, a divergência que faz (ou deveria fazer) diferença “é a política, estúpido!”. E, nesse particular, os tucanos, como tenho apontado amiúde, deixam bastante a desejar. Existe uma imensa dificuldade para explorar os erros do adversário. Não fosse a imprensa, QUE CUMPRE O SEU PAPEL AO DENUNCIAR DESMANDOS E FALCATRUAS, fornecendo, queira ou não, munição à oposição (é assim em qualquer democracia do mundo), ela estaria praticamente muda.

Um exemplo escandaloso foi o silêncio do PSDB no debate sobre a reforma política. Ela naufragou mais uma vez, é verdade, mas o fato é que o principal partido de oposição não conseguiu produzir, como partido, um miserável documento a respeito.

Vamos ver. Se o encontro servir para criar alguns desenhos do futuro, bem. Se ficar bordando o passado, terá sido um bom encontro de historiadores da própria obra. Meritória a mais não poder, é verdade.

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