O estrelismo subiu à cabeça de Celso de Mello

O estrelismo subiu à cabeça de Celso de Mello, um ministro por quem tenho grande respeito. Mas hoje pisou na bola. Cezar Pelluso fazia algumas considerações sobre o que considera insuficiências da lei e foi literalmente tratorado pelo outro. E com uma energia e uma agressividade que me pareceram incompatíveis com o tribunal.

Comportou-se como um militante. Nem parecia que integrava o grupo dos vitoriosos. Sua violência retórica contrastou, por exemplo, com a fala pacífica do ministro Carlos Alberto Direito, cuja posição havia sido derrotada.

Celso de Mello demonstrou um traço de caráter que me desagrada: é o que chamo de arrogância na vitória. Prefiro o contrário: humildade na vitória e altivez na derrota.

Infelizmente, comportou-se como militante. Sei lá. Talvez deva trocar de antidepressivo — isso é uma ironia, ministro!