O dia em que o PSTU entrou em confronto com os gays e perdeu
Por Daniela Arrais e Luis Kawaguti, na Folha:Aproximadamente 30 sindicalistas entraram em confronto com a Polícia Militar na tarde de ontem ao serem impedidos pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo de desfilar na Parada Gay com um carro de som. Segundo a polícia, eles tentaram interromper a passagem da parada.O confronto […]
Aproximadamente 30 sindicalistas entraram em confronto com a Polícia Militar na tarde de ontem ao serem impedidos pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo de desfilar na Parada Gay com um carro de som. Segundo a polícia, eles tentaram interromper a passagem da parada.
O confronto aconteceu por volta das 15h de ontem, no cruzamento da avenida Paulista com a alameda Joaquim Eugênio de Lima. Quatro sindicalistas foram detidos. O grupo de sindicalistas integra a central sindical Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas).
As duas entidades trocaram acusações. “Todos os trios elétricos têm normas a seguir e eles não cumpriram algumas regras, estavam com a documentação irregular”, afirmou o presidente da associação da parada, Alexandre Santos.
José Maria de Almeida, presidente da Conlutas, nega e diz que o carro de som estava legalizado. “O que essa associação faz é utilizar comercialmente dessa manifestação. Fazem convênios com hotéis, empresas e lojas e ganham dinheiro com isso. Sabem que somos contra essa coisa”, disse.
Alexandre Santos afirmou, por sua vez, que essa acusação de Almeida não faz sentido.
A Polícia Militar afirmou ter tentado negociar a saída pacífica dos sindicalistas.
Sem obter resultado, os policiais usaram cassetetes para forçar a saída dos sindicalistas, que revidaram atirando cavaletes e batendo nos policiais com cabos de bandeiras.
A Conlutas afirmou que uma mulher teve a mão quebrada e diversas pessoas se feriram, mas não forneceu o número de vítimas. Dois policiais militares foram atingidos por cavaletes de trânsito supostamente atirados pelos sindicalistas. Um sofreu um corte na cabeça.