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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Ninguém tem um grupo de WhatsApp para Dilma administrar?

Desocupação é a morada do capeta. A mulher precisa logo de um emprego para parar de tentar conspirar

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h41 - Publicado em 19 Maio 2016, 17h52

Desocupação é a casa do capeta. É por isso que o Senado, respeitando os prazos legais, tem de julgar Dilma Rousseff com a máxima celeridade. A presidente afastada está sem serviço. Poderia se oferecer para administrar grupos no WhatsApp, por exemplo. Em vez disso, fica por aí criando marola e subvertendo a ordem.

Dilma participou de um bate-papo online com seus seguidores nas redes sociais nesta quinta e, que surpresa!, atacou o governo de Michel Temer. Ao falar sobre a incorporação da Cultura à Educação, afirmou que o orçamento destinado ao Minc é “irrisório em termos absolutos” e que sua extinção não representa uma economia significativa para as contas públicas, o que torna a iniciativa do governo Temer “pura demagogia”.

Como de hábito, decidiu fazer um pouco de sociologia barata. Disse que o Minc foi criado em 1985, com a redemocratização do país e que “não é uma coincidência” que uma das primeiras medidas da gestão interina tenha sido a incorporação. Segundo ela, trata-se de uma volta a “ao passado autoritário”.

Oportunista, criticou a ausência de mulheres no primeiro escalão do governo. Segundo a petista, elas “não querem ser tratadas” apenas “como um fetiche decorativo” e merecem mais respeito do peemedebista. Afirmou: “Ao contrário do que alguns pensam, as mulheres têm apurado senso crítico e, por isso, são muito sensíveis a todas as tentativas de uso indevido da sua condição feminina”.

Quem é que disse o contrário? Uma mulher, diga-se, vai ser a responsável pela maior massa de recursos oficiais: Maria Silvia Marques, a presidente do BNDES.

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Dilma ainda comemorou o fato de que cinco mulheres teriam se recusado a assumir a Secretaria Nacional de Cultura. Dilma comemora, diga-se, um boato, não um fato. Ademais, ainda que verdadeira fosse a informação, é preciso saber o motivo da recusa.

Tome-se o caso de Cláudia Costin. Ela, de fato, foi sondada para o cargo. Acontece que compromissos profissionais já estabelecidos a impediriam de assumir a pasta antes do fim de junho. E, claro!, o governo não poderia esperar. Eventuais recusas de outras pessoas estão mais na esfera do boato. Mas não consta que se tratasse de uma manifestação de feminismo à moda Dilma.

Volto à minha pergunta: até quando pagaremos o salário de Dilma para ela conspirar contra o país?

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