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Reinaldo Azevedo

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Meirelles fala em ‘analisar’ medidas de Dilma e sugere imposto temporário

'A prioridade hoje é o equilíbrio fiscal, diz o novo ministro da Fazenda, em entrevista coletiva na sede da pasta

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h44 - Publicado em 13 Maio 2016, 16h49

Por João Pedroso de Campos, na VEJA.com:

O novo ministro disse que a austeridade fiscal deve ajudar o trabalho do BC de fazer a inflação convergir para o centro da meta. “Tenho certeza de que o quadro fiscal vai ajudar o BC nesse trabalho de convergência para a meta”, disse. Segundo Meirelles, a sociedade brasileira está “amadurecida” para o diagnóstico do novo governo e para medidas duras que possam tirar o país do atoleiro econômico.

Sobre a área social, Meirelles reforçou que é preciso uma “avaliação bastante forte e bastante cuidadosa” dos programas sociais, após ter indicado que aumentos de impostos poderão vir para melhorar o panorama fiscal do país. “O fato de se manter um programa social não quer dizer que se possa manter o mau uso”, afirmou.

A proposta de renegociação das dívidas dos Estados com a União, também encaminhada pelo governo Dilma ao Congresso, foi referendada pelo novo ministro da Fazenda. “Certamente é preciso equacionar a situação dos Estados, e temos que resolver o tema de uma vez por todas, com regras que garantam que isso (endividamento) não vai se repetir e não comprometa o governo federal”, afirmou.

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Previdência é prioridade – Embora não tenha se aprofundado nos planos do governo Temer para a economia, Henrique Meirelles disse que a Previdência está “na pauta de prioridades”. Pelos cálculos do Ministério da Fazenda divulgados nesta semana, as despesas com benefícios da Previdência foram as que mais cresceram desde 2006 e as que mais contribuíram para a elevação dos gastos públicos. As despesas subiram de 6,9% do PIB em 2006 para 7,4% do PIB em 2015.

“Mais importante do que alguém saber o valor da aposentadoria é garantir que ele vai receber a aposentadoria. A Previdência tem de ser autossustentável ao longo do tempo. Equilíbrio fiscal é fundamental”, disse o ministro.

Meirelles reiterou a intenção de praticar o “nominalismo” econômico, aventada por ele na manhã desta sexta-feira em entrevista à TV Globo. O princípio limitaria as despesas do governo nominalmente, sem que ultrapassem a variação da inflação. Segundo Meirelles, no entanto, a medida está sendo “maturada”. “Não estou dizendo que vamos estabelecer uma meta nominal para o crescimento da despesa A, B ou C, o que estou dizendo é uma questão de princípio. Precisamos diminuir a indexação da economia brasileira”, afirmou.

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