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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Mais uma aulinha de jornalismo do Tio Rei

Outra coisa que tem rendido muito nos comentários e na Internet são duas notas publicadas ontem na coluna de Mônica Bergamo, na Folha, a saber: “ACORDO ROMPIDODe um dos parlamentares mais bem votados do PT no país em jantar com empresários, anteontem: “Vamos ser claros. Existia um acordo entre nós [PT] e o PSDB: o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 23h08 - Publicado em 5 out 2006, 21h12
Outra coisa que tem rendido muito nos comentários e na Internet são duas notas publicadas ontem na coluna de Mônica Bergamo, na Folha, a saber:

ACORDO ROMPIDODe um dos parlamentares mais bem votados do PT no país em jantar com empresários, anteontem: “Vamos ser claros. Existia um acordo entre nós [PT] e o PSDB: o próximo governo era nosso, do Lula. O de 2010 seria do José Serra ou do Aécio Neves, sem problemas. Com a vitória do Alckmin, esse acordo será rompido. E o Alckmin vai ter derrotado o Serra, o Aécio, o Fernando Henrique Cardoso, o Lula, todo mundo”. A platéia ouvia, algo perplexa.GUERRAO parlamentar continuou: “O Alckmin, se eleito, não vai governar. O PT não vai dar trégua no Congresso. A CUT, o MST, os movimentos sociais, não vão dar trégua nas ruas”. A perplexidade só aumentou.”Não sei quem é o dito-cujo, e nem me interessa. Mas é óbvio que não passa de um picareta tentando se fazer de sabido para os tais “empresários”. Acima, vai a maior coleção de sandices que já li, com exceção da parte que trata da bagunça que o PT tentará promover no país se Alckmin vencer. Com que então Serra e Aécio decidiram se unir contra Alckmin? Ué, mas não são justamente eles os apontados como antípoda no noticiário? Como o “acordo” já estava feito, os petistas, honrando a sua parte, correram atrás de um dossiê fajuto para ferrar os tucanos, é isso??? Juntando-se essa teoria com a de Ciro Gomes — de que tudo não passou de uma trama do Serra —, então temos o seguinte: Serra e Aécio combinaram com Lula que Alckmin perderia. Mas, por alguma razão ainda misteriosa, Serra achou que não era uma boa idéia e resolveu que seria melhor que Alckmin vencesse. Então, atraiu para o dossiê os “aprendizes de mafiosos” do PT para, contra o seu suposto interesse, empurrar a disputa para o segundo turno. Vocês entenderam? Acho que não. O tal deputado muito votado também não deve ter entendido nada. Os empresários, menos ainda. E a reportagem?

É impressionante que esse tipo de coisa ocupe páginas de jornal. Mais impressionante ainda que gente inteligente dê credibilidade a esse lixo. Se o deputado existe e, de fato, falou essas coisas, estava fazendo o que se chama, no jagão jornalístico, spinning: plantava uma versão que interessa duplamente ao PT. Interessa porque:
a) faz supor que PT e PSDB fizeram o seu Tratado de Tordesilhas e que o resto é besteira; assim, os empresários que não embarquem na canoa de Alckmin porque ele estaria só;
b) infunde medo, terror. Por que votar em Alckmin se o país cairia na bagunça? Melhor ceder à chantagem petista.

E não é só. Como foi o dossiê que criou turbulências na campanha de Lula, fica subentendido que Lula e o comando do PT não sabiam de nada, já que o jogo estava todo combinado. Alô, deputado falastrão, ligue pra mim. Quero fazer uma entrevista com o senhor. Pode ser em off. Quero desdobrar os seus argumentos em questões práticas.

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