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Reinaldo Azevedo

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Hezbollah adverte que guerra contra Irã ou Síria se estenderia pela região

Da EFE: O chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, disse nesta sexta-feira que as ameaças de uma intervenção militar na Síria ou Irã escondem a derrota dos Estados Unidos no Iraque, mas advertiu que, se o ataque acontece, o conflito se estenderá por toda a região. “Uma guerra contra Síria e Irã […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h12 - Publicado em 11 nov 2011, 21h17

Da EFE:
O chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, disse nesta sexta-feira que as ameaças de uma intervenção militar na Síria ou Irã escondem a derrota dos Estados Unidos no Iraque, mas advertiu que, se o ataque acontece, o conflito se estenderá por toda a região. “Uma guerra contra Síria e Irã não se limitará apenas a esses países, mas se estenderá a outras partes da região”, ressaltou Nasrallah por videoconferência durante uma cerimônia organizada por ocasião do Dia dos Mártires da Resistência, o braço armado de seu grupo.

Para o líder do grupo xiita, “os EUA querem sancionar Irã e Síria porque apoiaram a resistência no Iraque e seu povo”, em uma guerra que segundo sua opinião perderam os americanos ao tirar suas tropas do país no final deste ano. “Os EUA, que foram derrotados no Iraque, não podem se retirar sob o fogo militar, mas midiático, que é atemorizar com uma guerra na região para cobrir o fracasso de sua retirada, que terá resultados estratégicos na região”, acrescentou.

Nasrallah advertiu também sobre “as diferentes leituras que são feitas da situação na região”, já que, na sua opinião, os regimes derrubados de Tunísia, Egito e Líbia eram aliados dos EUA. “Estas mudanças aumentarão o número de aliados do Irã e da Síria na região e aumentarão a pressão contra os EUA para que negocie com a República Islâmica”, disse.

Em relação à Síria, Nasrallah também disse que os que fazem “apostas sobre a queda do regime (do ditador sírio) Bashar al Assad, sairão decepcionados”. Por outro lado, descartou “a ideia de uma ofensiva inimiga (israelense) contra o Líbano, independentemente dos desenvolvimentos regionais”.

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“O Líbano já não é um país vulnerável, mas poderoso por seu povo, seu Exército e sua Resistência (Hizbollah) e capaz de se defender daqueles que tentam atacá-lo”, continuou. Além disso, reiterou sua rejeição ao desarmamento de seu grupo, como pede a oposição, e a financiar o tribunal internacional que deve julgar os culpados do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, do qual a corte acusou quatro membros do Hizbollah.

O movimento, que atualmente lidera o governo libanês, é partidário dos regimes iraniano e sírio, com os quais partilha a versão xiita do islã e a posição contrária ao Estado de Israel.

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