Gastão, o novo ministro, não é nem fluoxetina nem Prozac… Ou: Economize, Gastão!
Mal começou a falar, é hora de Gastão Vieira, novo ministro do Turismo, economizar palavras e se calar. Numa entrevista nesta quarta, afirmou que não era “um ministro genérico”. Ninguém entendeu direito o que ele quis dizer. Tentou se explicar mais tarde: “Ao dizer que não sou genérico, eu quis dizer que eu não sou […]
Mal começou a falar, é hora de Gastão Vieira, novo ministro do Turismo, economizar palavras e se calar. Numa entrevista nesta quarta, afirmou que não era “um ministro genérico”. Ninguém entendeu direito o que ele quis dizer. Tentou se explicar mais tarde: “Ao dizer que não sou genérico, eu quis dizer que eu não sou aquilo que serve para qualquer doença. Tenho uma grande capacidade de ouvir a equipe técnica”.
Heeeinnn? Gastão está em seu quinto mandato e não sabe, até hoje, o que é remédio genérico. Quem disse que ele “serve para qualquer doença”? A exemplo do outro, combate males específicos; traz na caixa o nome da substância, do princípio ativo, não a marca-fantasia. Nesse sentido, ser “genérico” quer dizer chamar a atenção para a eficiência — afinal, o que combate a depressão, por exemplo, é a fluoxetina, não o “Prozac”. A fluoxetina continuaria a ser o que é ainda que se chamasse Josefina…
O problema de Gastão é que ele não é nem fluoxetina nem Prozac. Nem é reconhecido como alguém especialmente apto para o turismo nem é essencialmente apto para o turismo; nem é habilitado para servir de fato à pasta nem é tido como tal.
Assim, não é nem genérico nem remédio de marca. É só mais um desalentador placebo para minorar os efeitos deletérios do “presidencialismo de coalizão”…