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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Financial Times ironiza “Guido, o vidente” e diz que ele insiste em tocar seu disco quebrado

Xiii… O Financial Times vai ver a bronca que vai levar da Dilma. Outro dia a Economist criticou Guido Mantega, e a presidente quase mandar invadir a Inglaterra… Agora é o Financial Times! Pô, o pessoal daquela ilha tá a fim de sacanear Banânia, é? Leiam o que publica a VEJA.com. O jornal britânico Financial […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h45 - Publicado em 2 mar 2013, 08h31

Xiii… O Financial Times vai ver a bronca que vai levar da Dilma. Outro dia a Economist criticou Guido Mantega, e a presidente quase mandar invadir a Inglaterra… Agora é o Financial Times! Pô, o pessoal daquela ilha tá a fim de sacanear Banânia, é? Leiam o que publica a VEJA.com.

O jornal britânico Financial Times aproveitou o resultado frustrante do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2012 para ironizar o governo – sobretudo a figura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teima em fazer previsões inatingíveis para a economia brasileira. “O Brasil vai crescer entre 3% e 4% em 2013! E isso quem diz é Guido Mantega, o ministro da Fazenda, também conhecido como ‘Guido, o Vidente’, então deve ser verdade”, informava o site do jornal, em artigo cujo título era “O disco quebrado de Guido Mantega”.

Segundo o FT, o otimismo persistente do ministro não tem colaborado para a melhora da credibilidade do governo. “É compreensível que o Mantega esteja na defensiva depois que o IBGE publicou outro conjunto de dados frustrantes nesta sexta”, escreveu o jornal, ressaltando também a importante queda na taxa de poupança e investimentos na economia brasileira, mostrada também pelo IBGE. A taxa de poupança ficou em 14,8% do PIB, ante o porcentual de 17,2% em 2011. Já a de investimentos terminou o ano em 18,1% do PIB, ante 19,3% no ano anterior.

O jornal afirma que os resultados de 2012 mostram a realidade que muitos temiam que ocorresse: ao cortar gastos públicos para equilibrar as contas, em vez de reduzir as despesas correntes e o tamanho da máquina pública, o governo acabou prejudicando os investimentos e afugentando os empresários. “O Brasil deu início a uma série de iniciativas para impulsionar o investimento de novo, mas todas deram pouco ou nenhum resultado”, diz o FT. “Nada disso, no entanto, tirará o sorriso da cara de Mantega”.

Bons ventos – A crítica do FT se refere às declarações do ministro nesta sexta-feira, após uma conversa com a presidente Dilma na noite de quinta-feira. Mantega demonstrou otimismo – em alguns momentos exagerado – com a situação atual da economia brasileira. Para ele, os dados preliminares do primeiro trimestre mostram um nível de atividade em recuperação, repetindo o desempenho do quarto trimestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,62% do terceiro para o quarto trimestre de 2012. O ministro espremeu os dados e reforçou que as vendas no varejo continuam em alta.

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O consumo foi o modelo de crescimento escolhido pelo governo para empurrar a expansão da economia brasileira nos últimos anos, mas a estratégia parece mostrar sinais de esgotamento. No segundo semestre do ano passado, houve uma perda constante no indicador, que teve retração de 0,5% em dezembro ante novembro. Mesmo assim, fechou em 8,4% no ano, segundo o IBGE. Mas, como no início do ano passado, quando previu um crescimento robusto, o tal “pibão” que a presidente Dilma tanto cobra, Mantega repetiu o discurso agora. “O crescimento para este ano ficará entre 3 e 4%”, afirmou.

Desde o segundo governo de Getúlio Vargas, em 1951, a média de crescimento do biênio inicial de Dilma Rousseff só é melhor que o mesmo período de Fernando Collor de Mello, quando a economia brasileira estava em recessão. Para se defender, Mantega afirma que não é correto fazer comparação com o passado, principalmente porque desde 2003 os governos Lula e Dilma elevaram o patamar de crescimento médio da economia brasileira. “Criamos condições para que o crescimento volte ao patamar de 4%”, reforçou. 

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