Falar sobre drogas é um porre!!!

Como é chato falar sobre drogas! Que porre!!! Até porque os de sempre insistem em teses cuja imbecilidade não precisa ser provada. A descriminação (recado para alguns: favor ler o dicionário) é uma delas. Todo o mundo faria o mesmo ou só o Brasil? Não há defensor que responda tal pergunta. O motivo é óbvio: o mundo não fará o que eles acham necessário. E o Brasil também não. Logo, a droga continuará ilegal. “Ah, mas e se eu quero fumar ou cheirar?” Arque com as conseqüências e com a responsabilidade ética de sustentar o narcotráfico e todas as violências dele derivadas. Só não pode espernear quando for acusado de conivência com a bandidagem.

Aí diz outro: “pobre também fuma nas favelas”. Quase sempre é o vapor barato, que faz o servicinho para os donos dos morros em troca de droga. Pobre também fuma e cheira. Mas bem pouco. A droga é cara. Está em todo lugar. Está até nos canaviais, li dia desses. Mas é evidente que o pobre não é o público-alvo do tráfico. De todo modo, o lobby favorável às drogas é mesmo fortíssimo. E se concentra nas camadas médias e altas da sociedade. O “povo”, revelam as pesquisas, não gosta desse assunto. O povo quer é se ver livre dos bandidos, que assombram a favela.

Aos defensores da descriminação, um conselho: vocês se mostram tão certos de que, feito isso, tudo será melhor, que seria o caso de iniciar mesmo uma militância. E para finalizar este texto ao menos: é claro que uma eventual liberação aumentaria o número de consumidores a proporções espantosas. Pode não parecer, mas a maioria das pessoas é legalista, e o fato de a droga ser ilegal as afasta do perigo.