Parece que mudou, mas está tudo igual. Vocês lerão nos jornais que Evo Morales suspendeu a tungada na Petrobras depois da pressão do governo brasileiro. Tudo segue o ritual de quando ele decidiu a nacionalização. Primeiro parece ser intempestivo, recua e avança sempre um pouco. Está tudo devidamente combinado com Hugo Chávez. Como postei aqui ontem, o governo brasileiro só quer que o presidente boliviano aguarde as eleições. O que está na
Folha de hoje, por Humberto Medina, Pedro Dias Leite e Fabiano Maisonnave: “
Após pressão do governo brasileiro, a Bolívia decidiu recuar e suspender as medidas de confisco das receitas das refinarias da Petrobras no país vizinho. No início da noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que a Bolívia havia ‘congelado’ a decisão de assumir a rede produtiva de hidrocarbonetos e a venda de gás e derivados de petróleo no país. Horas depois, em La Paz, o governo Evo Morales confirmou a suspensão para que as novas condições sejam negociadas com a companhia brasileira. ‘É uma decisão para favorecer, para criar um clima favorável às negociações e aos acordos determinados pelo nosso decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos’, afirmou o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera. A decisão foi anunciada após uma longa reunião entre o vice-presidente e cinco ministros de Estado, entre eles o titular dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, que tinha afirmado previamente que a Bolívia não recuaria. Como o recuo não é definitivo, Lula endureceu um pouco mais o discurso em relação aos bolivianos. ‘Obviamente que, se a Bolívia teimar em tomar essas atitudes unilaterais, o Brasil vai ter de pensar em como fazer uma coisa mais dura com a Bolívia. Mas confesso a vocês que vou trabalhar para que a gente resolva essa situação de uma forma tranqüila’, disse em entrevista à TV Bandeirantes no início da noite.”
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