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Reinaldo Azevedo

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“Eu e Dirceu somos irmãos siameses, o que der para ele no julgamento do mensalão, dá para mim”, diz Roberto Jefferson

Por Juliana Castro, no Globo Online: Pivô do maior escândalo do governo Lula, o deputado cassado Roberto Jefferson está entre os 36 réus do processo do mensalão, cuja condenação foi pedida na quinta-feira em parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O único nome para o qual Gurgel pede absolvição é o do ex-ministro Luiz […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 11h24 - Publicado em 8 jul 2011, 16h11

Por Juliana Castro, no Globo Online:

Pivô do maior escândalo do governo Lula, o deputado cassado Roberto Jefferson está entre os 36 réus do processo do mensalão, cuja condenação foi pedida na quinta-feira em parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O único nome para o qual Gurgel pede absolvição é o do ex-ministro Luiz Gushiken . Ao GLOBO, Roberto Jefferson disse que ainda há muita gente inocente na lista de réus, que não está preparado para qualquer decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e que sua pena estará diretamente ligada à punição aplicada ao ex-ministro José Dirceu.

O GLOBO: O senhor já leu o parecer da Procuradoria-Geral da República?
Roberto Jefferson: Não li. Tudo o que eu sei são sobre as especulações que saíram na imprensa. Tentei entrar no site da PGR, mas não tem nada lá. O parecer não está nem nos autos do processo ainda.

O GLOBO: O que o senhor achou da decisão da procuradoria de pedir a absolvição do ex-ministro Luiz Gushiken?
Jefferson: Eu penso que está correta. Nunca ouvi dizer que ele tivesse envolvido no mensalão. Tem muita gente inocente ali (na lista de réus do processo).

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O GLOBO: E quem são esses inocentes?
Jefferson: Eu não vou citar nomes. Quem vai decidir isso é o plenário do STF. Eu não sou juiz, sou réu. Mas tem gente inocente ali e também gente culpada. Tem mais gente culpada que inocentes.

O GLOBO: Como está a preparação da sua defesa?
Jefferson: Estou esperando o parecer. Mas minha linha de defesa é muito clara. Admito o delito de caixa dois, mas não fiz mensalão. Não aluguei minha bancada. Fiz caixa dois de campanha, mas mensalão eu não deixei entrar no meu partido. Não permiti que esse dinheiro contaminasse minha bancada. Eu mantenho tudo o que eu disse.

O GLOBO: O que espera da decisão do STF?
Jefferson: Eu creio numa decisão justa. Meu advogado já disse: “você e Dirceu são irmãos siameses. O que der para o Dirceu dá para você”. Então, é isso: o que der para ele, dá para mim.

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O GLOBO: O que seria uma decisão justa?
Jefferson: Se eles me condenarem por crime eleitoral, eu não tenho o que discutir. Mas não aceito essa denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro. Se for culpado por essa denúncia, eu me rebelo. Não fiz isso. Não podem me empurrar nesse mesmo bolo.

O GLOBO: O senhor está preparado para qualquer decisão que saia do julgamento no STF?
Jefferson: Não estou, não. Essa denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, eu não aceito. Contra mim essa denuncia é injusta. Não pratiquei o que eles estão descrevendo contra mim na denúncia. (Se for culpado por ela) Vou me rebelar porque é incorreto e injusto.

O GLOBO: O ex-presidente Lula prometeu comprovar que o mensalão foi uma farsa. Quais são as chances de ele conseguir manter essa palavra?
Jefferson: Ele vai ter que discutir com a PGR. Não é mais um fato político e sim processual. Lula é um animal político, mas não é advogado ou procurador. Será a palavra dele contra a da procuradoria.

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