ESTADO POLICIAL PETISTA – DADO SIGILOSO DE DOSSIÊ CONTRA TUCANO SAIU DA RECEITA
Leiam trecho de reportagem de Leonardo Souza, da Folha. Volto em seguida: Os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, levantados pelo “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), saíram diretamente dos sistemas da Receita Federal, como atestam documentos aos quais a Folha teve acesso. Em todas as páginas de […]
Leiam trecho de reportagem de Leonardo Souza, da Folha. Volto em seguida:
Os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, levantados pelo “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), saíram diretamente dos sistemas da Receita Federal, como atestam documentos aos quais a Folha teve acesso.
Em todas as páginas de um conjunto de cinco declarações completas do Imposto de Renda (entregues entre 2005 e 2009) de EJ, como o dirigente tucano é conhecido, consta a seguinte frase: “Estes dados são cópia fiel dos constantes em nossos arquivos. Informações protegidas por sigilo fiscal”.
Conforme a Folha revelou na semana passada, os papéis integram um dossiê elaborado por um grupo de espionagem que começava a ser montado com o aval de uma ala da pré-campanha presidencial petista.
O formato dos documentos obtidos pela reportagem é exclusivo do fisco.
A Folha exibiu parte dos papéis a EJ. Ele não só confirmou a veracidade das informações como confrontou com as cópias das declarações que enviou de seu computador para a Receita. O modelo dos dois documentos é bem distinto, apesar de os dados serem os mesmos.
“Esses documentos não estão em nenhum outro lugar que não a Receita Federal. Eu afirmo que meu sigilo fiscal foi violado”, disse ele. Procurada desde o começo da semana, a Receita informou que não iria se manifestar sobre o assunto. Íntegra Aqui
Comento
O crime cometido contra Eduardo Jorge agride um direito protegido pela Constituição. Não estamos mais falando de bandidos que saem por aí soletrando, na prática, o Código Penal. A coisa agora é diferente: dados que estavam sob a guarda do estado foram fornecidos à bandidagem para tentar servir de peça de intimidação e de chantagem. Nessas horas, fico sempre pensando que reação uma coisa assim não despertaria em democracias ciosas dos chamados direitos fundamentais.
Dia desses, um desses articulistas metidos a petista light, civilizado, cantava as glórias do que considerava o formidável avanço da democracia no Brasil. Se tiver paciência, ainda voltarei a seu artigo. Eis aí um caso exemplar. Pouco importa se o adversário é um caseiro ou um alto dirigente de um partido da oposição, ninguém é cidadão para os novos donos do poder. E essa gente está em toda parte. Os bancos públicos de dados lhe servem de arsenal contra inimigos — e, segundo Lina Vieira (lembram-se dela?), se preciso, as informações sigilosas também servem para proteger amigos.
Aqui e ali, leio textos de articulistas isentos a afirmar que, ganhe Serra ou Dilma, estaremos igualmente mal ou bem-servidos (a avaliação varia de acordo com o gosto de cada um). Bem, ouso dizer que não é verdade. Nos EUA que depuseram Nixon — ele renunciou, mas seria deposto —, foi preciso que um bando de larápios invadisse, na calada da noite, o comitê dos democratas. No Brasil, nada disso é necessário. Basta que um “funcionário” da “turma”, a serviço de uim partido, acesse uma fonte de dados, protegido pela burocracia.
Coisa de gente “ficha-limpa”…
Ah, sim: “Como você pode falar em estado policial petista?” Porque o papelório da tramóia estava com a turma do PT. Simples, não é?
PS: Espero que Eremildo, o Idiota, leia a reportagem. Segundo o preclaro, esse negócio de falar em dossiê é coisa de gente que quer ficar cavando pênalti…