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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Entre o ruim e o pior, governo optou pelo pior e terá… o pior. Ou: Um governo completamente desarticulado

Já tratei aqui da derrota clamorosa do governo na Câmara, fruto de uma manobra francamente incompreensível. Ou só compreensível quando nos damos conta da fraqueza da coordenação política da presidente Dilma Rousseff. Tudo é muito impressionante. A secretaria-geral da Presidência, vá lá, melhora com Miguel Rossetto porque qualquer coisa que venha depois de Gilberto Carvalho […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h13 - Publicado em 2 fev 2015, 04h15

Já tratei aqui da derrota clamorosa do governo na Câmara, fruto de uma manobra francamente incompreensível. Ou só compreensível quando nos damos conta da fraqueza da coordenação política da presidente Dilma Rousseff. Tudo é muito impressionante. A secretaria-geral da Presidência, vá lá, melhora com Miguel Rossetto porque qualquer coisa que venha depois de Gilberto Carvalho “agrega”, como diria aquele “Rei do Camarote”, mas é certo que o novo ministro tem menos trânsito do que o antecessor. Dilma ganha alguma coisa com ele porque não vai ficar conspirando contra a chefe, como fazia Carvalho. Mas que Rossetto não tem trânsito político, ah, isso não tem.

Não é diferente com Pepe Vargas, com menos desenvoltura ainda. É quase um desconhecido das lideranças tradicionais do Congresso e duvido que seja até reconhecido pelos parlamentares de primeira viagem. Se ele chegar querendo bater um papinho, alguém logo perguntará: “Quem é você?”. E ele: “Sou o ministro encarregado das Relações Institucionais”… E outro fará cara de espanto ou de tédio.

O ministério tradicionalmente reservado à articulação política é a Casa Civil. Aí é que o desastre é mesmo completo. Que espírito ruim soprou aos ouvidos de Dilma que ela deveria fazer de Aloizio Mercadante o “seu” homem forte? É um desastre ambulante. Na sexta-feira, por exemplo, ele foi escalado pelo Planalto para participar da entrevista coletiva em que se trataria de uma pequena parceria dos governos federal e de São Paulo em obra de infraestrutura contra a crise hídrica. Passou boa parte do tempo “pautando” os jornalistas — afirmando que não se deveria tratar ali da questão elétrica — e se retirou antes do fim da coletiva. Afirmou: “Queria pedir licença… Tenho outra reunião com a presidenta, e já estou dez minutos atrasado!”. Os jornalistas insistiram para que ficasse. Inútil: “Tenho uma reunião bem importante. Eu tinha um prazo para ficar aqui…”.

Eis o homem que, em companhia de Pepe Vargas e Miguel Rossetto, vai fazer a “costura” política para Dilma, tendo na presidência da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sob o bigode de Mercadante, PP e PRB, por exemplo, com assento na Esplanada dos Ministérios, migraram para o adversário de Arlindo Chinaglia.

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Pior: três ministros acharam que era uma boa ideia ameaçar deputados, demitindo seus respectivos indicados no segundo e terceiro escalões caso não aderissem ao petista: além de Rossetto e Vargas, Ricardo Barzoini, das Comunicações. Pois é… E agora? Cunha ganhou. O Planalto vai cumprir a ameaça? Se o fizer, aumenta a sua base rebelde. O mais provável é que aconteça outra coisa: Dilma terá de ampliar o espaço de Cunha no governo e ainda de dar mais nacos de poder a muitos rebelados para que se acalmem.

Entre o ruim e o pior, o governo optou pelo pior e terá… o pior. Quem está surpreso?

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