Enquanto os tucanos, como sempre, brincam com o perigo, Eduardo Campos vai testando suas possibilidades
Já escrevi aqui o que penso sobre a possibilidade de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, se candidatar à Presidência. Seria uma boa notícia para a democracia porque aumentaria a chance de haver um segundo turno — e até de o PT ser derrotado… Do jeito que as coisas andam, ou o condomínio liderado pelo PT racha, […]
Já escrevi aqui o que penso sobre a possibilidade de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, se candidatar à Presidência. Seria uma boa notícia para a democracia porque aumentaria a chance de haver um segundo turno — e até de o PT ser derrotado… Do jeito que as coisas andam, ou o condomínio liderado pelo PT racha, ou… Por enquanto, não estou certo, de que sua candidatura seja pra valer. Uma coisa é certa: ele está se esforçando e atraindo simpatias.
Hoje, entre as pré-candidaturas postas — e pode haver outras —, o coração de boa parte do empresariado paulista, por exemplo, bate mesmo é por Campos. Ele é visto como a inovação. Há certo fastio do autoritarismo petista, e começa a crescer a desconfiança de que todos os caminhos são válidos para Guido Mantega porque ele não sabe mesmo para onde vai.
Campos também vem despontando como o favorito no PPS, cujo presidente é o pernambucano Roberto Freire, que se elegeu deputado por São Paulo. O governador de Pernambuco tem simpatizantes entusiasmados também no DEM, que ficou com o PSDB nas duas últimas eleições presidenciais. No PSD de Gilberto Kassab, que agora é Dilma desde criancinha, está longe de ser unânime o amor pela “presidenta”.
Enquanto isso…
Enquanto isso, setores do PSDB acham que podem mudar até data de convenção sem consultar ninguém — muito especialmente a ala paulista do partido. Entendo. Campos vai tentando conquistar apoios que hoje não tem, e os tucanos fazem um esforço danado para rachar a própria legenda. Como diria Padre Vieira, “pelo costume, quase se não sente”.
É chato ter de repetir em 2013 o que escrevi em 2002, em 2006 e em 2010: ninguém enfrenta adversários internos como o PSDB. Já os externos… Hora de cair a ficha.