Em vez de extinção das verbas-paletó, PT quer é aumentar confisco de salário de parlamentares
Por Fábio Zanini, na Folha desta segunda:Em crise financeira desde o caso mensalão, o PT quer parte dos recursos que parlamentares recebem para contratar assessores, montar escritórios e exercer o mandato. A proposta, que vai na contramão dos que defendem a extinção das “verbas-paletó”, consta da tese que o Campo Majoritário, ala que controla o […]
Em crise financeira desde o caso mensalão, o PT quer parte dos recursos que parlamentares recebem para contratar assessores, montar escritórios e exercer o mandato. A proposta, que vai na contramão dos que defendem a extinção das “verbas-paletó”, consta da tese que o Campo Majoritário, ala que controla o partido, apresenta hoje como base para o 3º congresso da legenda, em julho.O autor da proposta é o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, que diz ter o apoio de outras tendências internas. O texto propõe “uma modificação significativa na forma de arrecadação obrigatória dos ocupantes de cargos eletivos no Legislativo, para um repasse obrigatório e mensal, a ser calculado sobre o valor total da remuneração mensal de seu gabinete, incluídos os vencimentos líquidos de todos os cargos de confiança, verbas de gabinete, ajuda de custo ou extras de qualquer natureza que não contrariem os princípios partidários”.O PT cobra dos parlamentares 20% do salário bruto, o conhecido “dízimo”. Este não seria suficiente para amenizar a situação financeira, considerada “terrível” pelo documento.”A estrutura dos mandatos parlamentares cresceu muito nos últimos anos. Até 2001, não havia a verba indenizatória [para manutenção de escritórios nos Estados] para deputados, que, quando foi criada, era de R$ 7.000 e hoje já é de R$ 15 mil, enquanto a verba para contratar funcionários, que era de R$ 20 mil, já está em R$ 50 mil. Esse aparato está dissociado totalmente da relação com o partido”, afirma o texto.
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