Eles querem “fa-zer- co-cô na ca-sa do Pe-drrri-nho”
Nos anos 70, Paulo Coelho (sim, o Mago) e Raul Seixas compuseram um clássico da bicho-grilagem, que nada tem a ver com a utopia pobremente revolucionária dos bolcheviques do sucrilho. Trata-se da música Meu Amigo Pedro. Vejam só. Até Paulo Coelho — que andou falando contra a censura, o que conta a seu favor — […]
Muitas vezes Pedro você fala,
Sempre a se queixar da solidão
quem te fez com ferro fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro, as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inverno
Eu penso em você meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde co..me..çou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura
Mas, se não puder cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro Pedro aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta
E você me chama de vagabundo
Pedro onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Mas, tudo acaba onde co..me..çou
Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou a perdição
Há tantos caminhos, tantas portas
Mas, somente um tem coração
E eu não tenho nada a dizer
Mas, não me critique como eu sou
Cada um de nós é um universo, Pedro
Onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde co..me..çou
É que tudo acaba onde co..me..çou