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Economia brasileira entra em recessão técnica

Na VEJA.com: A economia brasileira registrou contração de 0,6% no segundo trimestre de 2014 na comparação com os três meses anteriores, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2%, o que significa que o país entrou em recessão técnica, quando há […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h11 - Publicado em 29 ago 2014, 13h40

Na VEJA.com:

A economia brasileira registrou contração de 0,6% no segundo trimestre de 2014 na comparação com os três meses anteriores, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2%, o que significa que o país entrou em recessão técnica, quando há dois resultados trimestrais seguidos negativos. Antes, os dados indicavam que o Produto Interno Bruto (PIB) tinha crescido 0,2% no primeiro trimestre, em relação ao quarto período do ano passado.

O Brasil não entrava em recessão técnica desde a crise financeira global de 2008/2009. Os dados divulgados nesta manhã pelo IBGE reforçam o pior momento econômico vivido pelo Brasil dentro da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição nas eleições de outubro. A recessão já era esperada pelo mercado, dado o cenário ruim que o país se encontra, com baixa confiança da indústria, do comércio, do setor de serviços e do consumidor, fraca geração de emprego e investimentos retraídos.

O que é recessão técnica?

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Os economistas consideram que um país entrou em recessão técnica quando a soma de tudo o que é produzido (PIB) em seu território registra dois trimestres seguidos de queda na comparação com o período anterior.

Em comparação ao segundo trimestre de 2013, o PIB caiu 0,9%, de acordo com o IBGE, e o crescimento acumulado no ano foi de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O PIB é analisado pelos economistas sob duas óticas distintas: a da oferta, representada pelo setor produtivo (agropecuária, indústria e serviços) e a dos gastos, representada por investimentos, consumo das famílias, gastos do governo e balança comercial (exportações menos importações).

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No olhar da oferta, o principal impacto negativo no resultado do trimestre passado foi da indústria. A atividade do setor recuou 1,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro e caiu 3,4% ante o mesmo período de 2013.

Considerando a soma de todas as riquezas produzidas pela economia do país entre abril e junho, de 1,27 trilhão de reais, o setor de serviços respondeu por 750,1 bilhões de reais (59%), seguido por indústria (255 bilhões; 20%) e agropecuária (82,5 bilhões; 6,5%), segundo o IBGE.

No caso do setor de serviços, o mais importante para o PIB, houve um recuou 0,5% na comparação com o primeiro trimestre e um crescimento bem tímido, de apenas 0,2%, em relação ao período de abril a junho de 2013. Já o PIB da agropecuária até chegou a crescer 0,2% ante o trimestre anterior, mas não foi suficiente para conter o resultado negativo. Um dos fatores que pesaram na economia no segundo trimestre foi a realização da Copa do Mundo, devido ao menor número de dias úteis em razão de feriados. (…)

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