E vovô não viu a uva. De novo!
Por Rodrigo Rangel e Rosa Costa, no Estadão: O economista José Adriano Cordeiro Sarney, 29 anos, disse ao Estado que o avô, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sabia que ele tinha uma empresa especializada em intermediar empréstimos consignados em Brasília. Ele nega, porém, que o avô tivesse conhecimento de sua atuação no Senado. […]
Por Rodrigo Rangel e Rosa Costa, no Estadão:
O economista José Adriano Cordeiro Sarney, 29 anos, disse ao Estado que o avô, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sabia que ele tinha uma empresa especializada em intermediar empréstimos consignados em Brasília. Ele nega, porém, que o avô tivesse conhecimento de sua atuação no Senado.
Indagado sobre o endereço da Sarcris, que não foi localizada pela reportagem, José Adriano titubeou e, depois, admitiu que hoje a empresa existe apenas no papel. Ele não quis informar o faturamento da Sarcris. Limitou-se a dizer que, por ano, a empresa fatura “menos de R$ 5 milhões”. Ao atender à reportagem, no fim da tarde de ontem, ele estava passeando em Barreirinhas, nos Lençóis Maranhenses.
Quando o sr. começou a trabalhar com empréstimo consignado?
Fui funcionário do Banco HSBC. Em São Paulo, eu era da área do crédito consignado, era gerente de projetos e qualidade. Aprendi tudo sobre o mercado do crédito consignado e, ao retornar a Brasília, eu pleiteei junto ao banco um contrato de prestação de serviço. Depois de muito esforço, porque ex-funcionário tem de ficar um tempo de quarentena, eles me liberaram, fecharam uma parceria, para operar em Brasília. Eu trabalhei no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, na Câmara dos Deputados, no Senado, no Superior Tribunal Militar e em outros convênios que o HSBC já tinha.
O sr. operou nesses órgãos antes de trabalhar no Senado?
Foi ao mesmo tempo. Quando eu cheguei em Brasília, o banco me liberou todos os convênios que ele já tinha.
E como é que se deu a entrada no Senado? Você teve facilidades, pelo fato de ser neto do senador José Sarney (PMDB-AP)?
Não teve facilidades. Não fui eu quem fechou tudo no Senado, nem nada, apenas fui mais um que tive um código. Não teve nada a ver com essa questão de facilidade, nem nada. Existia em Brasília um vácuo comercial e eu trabalhei para o HSBC. Aqui