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E o Movimento Passe Livre volta a promover delinquências em São Paulo e a lutar contra os pobres

É evidente que não existe passagem grátis. Alguém sempre paga. Ora, quando um estudante que pode pagar e um que não pode têm a gratuidade assegurada, é certo que se está fazendo a pior política pública possível, que consiste em subsidiar igualmente os desiguais. A tese dos bagunceiros do MPL não faz sentido econômico. Ou melhor, faz: ela concentra renda e pune os pobres.

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h44 - Publicado em 12 jan 2016, 20h19

E o Movimento Passe Livre volta a praticar múltiplas delinquências em São Paulo, na região da Avenida Paulista, obrigando a Polícia Militar — que tem este dever constitucional e legal — a intervir para salvaguardar a ordem pública e o direito de ir e vir.

Ouvi na tarde desta terça a entrevista de um dos líderes do movimento. O rapaz é clinicamente saudável e politicamente demente. Segundo disse, a sua turma não quer apenas que a passagem de ônibus volte dos R$ 3,80 para os R$ 3,50. O MPL tem uma pauta, que, segundo rezava o site do movimento em 2013, era o passo inicial do socialismo: a gratuidade total da passagem.

Atenção! Estudantes de baixa renda, matriculados na rede pública de ensino, já não pagam passagem na cidade. Outros grupos já têm assegurada a gratuidade, como idosos. A imensa maioria dos trabalhadores tem suas passagens custeadas em parte ou na totalidade pelo vale-transporte.

Os números são impressionantes. A Prefeitura de São Paulo previu no Orçamento deste ano nada menos de R$ 1,9 bilhão — vocês leram direito: R$ 1,9 bilhão!!! — só para compensar as empresas por essas gratuidades distribuídas assim, de forma irresponsável.

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No ano passado, o subsídio previsto, de R$ 1,5 bilhão, teve de sofrer um acréscimo de R$ 144 milhões. De onde a Prefeitura tirou o dinheiro? Conto de onde saíram ao menos R$ 47 milhões: R$ 33 milhões, da rubrica “corredores e terminais de ônibus”; R$ 14 milhões foram capados das casas populares. Vale dizer: a área propriamente social teve de ceder à gritaria de meia dúzia de burguesotes barulhentos e truculentos.

Como vocês notam, é evidente que não existe passagem grátis. Alguém sempre paga. Ora, quando um estudante que pode pagar e um que não pode têm a gratuidade assegurada, é evidente que se está fazendo a pior política pública possível, que consiste em subsidiar igualmente os desiguais. A tese dos bagunceiros do MPL não faz sentido econômico. Ou melhor, faz: ela concentra renda e pune os pobres.

Acompanhava até havia pouco a cobertura pela televisão. Com a devida vênia, é o show de sempre de desinformação. Não adianta: em casos assim, os jornalistas já não vão para a rua para relatar o que aconteceu, mas para fazer uma narrativa em tom dissertativo em que a polícia entra sempre como vilã, e os fascistoides disfarçados de amigos do povo, como vítimas.

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Alguns colunistas do nariz vermelho reclamaram do fato de manifestantes pró-impeachment, nos atos convocados pelo Movimento Brasil Livre e pelo Vem Pra Rua, tirarem selfies ao lado de policiais. Viram nisso algo de muito “preocupante”. Não entendi por quê.

Bem, essa turma deve estar feliz a esta altura. Manifestantes bons são aqueles que decidem sair no braço com os trabalhadores de farda.

Não se enganem
Só não caiam na mentira de que isso que se vê é uma manifestação contra o aumento das tarifas. Pura conversa mole. Estamos assistindo em São Paulo é a uma tentativa das esquerdas de tirar o impeachment das ruas.

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E, por óbvio, precisam provocar a polícia para tomar uns cascudos e posar de vítimas para os jornalistas, que se encarregarão, então, de atuar como seus propagandistas.

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