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E Dilma em Moscou, dando pito em Obama, é Dilma aqui, no palanque eletrônico. O governo segue ruim, mas recuperou a iniciativa

Enquanto a tucanaça Elena Landau descobria, em São Paulo, que Reinaldo Azevedo é o inimigo a ser combatido, só dava Dilma Rousseff na TV. Era Dilma na Rússia enfrentando Barack Obama, dizendo que ele se comprometeu pessoalmente a explicar o que se deu no caso da espionagem. Lá estava ela, altiva, a afirmar que quer […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h27 - Publicado em 7 set 2013, 06h37

Enquanto a tucanaça Elena Landau descobria, em São Paulo, que Reinaldo Azevedo é o inimigo a ser combatido, só dava Dilma Rousseff na TV. Era Dilma na Rússia enfrentando Barack Obama, dizendo que ele se comprometeu pessoalmente a explicar o que se deu no caso da espionagem. Lá estava ela, altiva, a afirmar que quer saber que diabo há lá sobre o Brasil. Pois é… Imaginem só a surpresa dos americanos caso tenham mesmo interceptados os e-mails da petista com seu principais auxiliares: “Pô! Mas não há nada aqui! Por que a gente espiona essa gente pitoresca?”. Mas Dilma estava com tudo. Lula reapareceu. Disse que a presidente tinha de dar um “guenta” em Obama e questionou: “Quem os EUA pensam que são?”. Sugeriu, inclusive, que o Brasil não precisa da proteção americana contra o terror coisa nenhuma! A ignorância é doce.

Era Dilma na Rússia, e era Dilma no Brasil, no pronunciamento antecipado do Sete de Setembro. Ela negou que existam rinocerontes assassinos à solta na Esplanada dos Ministérios. Recorro a um animal que se tornou simbólico na literatura do absurdo porque a governanta veio a público para dizer que falharam todas as previsões dos pessimistas de que haveria aumento do desemprego e crescimento negativo. Ocorre que, assim como ninguém afirmou que existam rinocerontes assassinos à solta, ninguém sustentou que haveria aumento de desemprego e crescimento negativo — o que se disse é que o crescimento será, e será, mixuruca. A presidente exaltou a expansão de 1,5% do PIB do segundo trimestre (na comparação com período anterior) e sustentou o tripé da economia: inflação contida (a mesma que voltou a subir), retomada gradual do crescimento (o tal, que é mixuruca) e emprego. Não, leitor! Não estou aqui a cobrar que o governo fale a verdade! Só estou a dizer como são as coisas.

Também cantou as glórias do programa “Mais Médicos”, em tom de palanque. Deu uma discreta demonizada nos médicos brasileiros: “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde”. Foi, uma vez mais, reverente aos protestos de rua, dizendo que compreende os seus motivos e coisa e tal, mas que nunca se avançou tanto.

Sim, tratou-se, como de hábito, de campanha eleitoral antecipada, e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que vai recorrer à Justiça, no que faz muito bem. A única dificuldade, no caso, vai ser explicar, no terreno da política, por que o horário político do PSDB, de que ele foi estrela única, também não constituiu campanha eleitoral antecipada.

Vamos ver. O fato é que os indicadores econômicos do país continuam ruins, mas não é menos verdade que o governo retomou a iniciativa política Edward Snowden e Glenn Greenwald deram uma ajuda e tanto. Todos vimos uma Dilma altaneira, diante de um Barack Obama constrangido, com apoio de apenas parcela do G-20 para fazer um ataque punitivo à Síria. Ela, claro!, aproveitou a deixa para declarar a ilegitimidade de qualquer ação sem uma expressa autorização do Conselho de Segurança da ONU. Mais do que o pronunciamento do Sete de Setembro, o verdadeiro discurso eleitoral de Dilma foi aquele feito em Moscou. Os petistas deveriam erguer uma estátua a Barack Obama! Ele é, hoje, o maior eleitor de Dilma.

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