Dólar tem a menor cotação desde 1999
Por Silvana Rocha, no Estadão: O dólar renovou ontem a menor cotação desde o início de 1999 (mais especificamente, 18 de janeiro), quando o então governo Fernando Henrique Cardoso liberou o mercado cambial. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 1,543, queda de 0,77%. As declarações da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira, de […]
Por Silvana Rocha, no Estadão:
O dólar renovou ontem a menor cotação desde o início de 1999 (mais especificamente, 18 de janeiro), quando o então governo Fernando Henrique Cardoso liberou o mercado cambial. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 1,543, queda de 0,77%.
As declarações da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira, de que não pode tomar nenhuma medida precipitada no câmbio sem olhar com cuidado o cenário internacional, continuaram ecoando no mercado.
Os investidores se sentiram estimulados a apostar na valorização do real, diante da batalha do governo para o combate à inflação. Além disso, segundo fontes de mercado, houve fluxo cambial positivo.
Diante do enfraquecimento do dólar desde cedo, o Banco Central (BC) reforçou a compra, por meio de dois leilões no mercado à vista. Também fez um leilão a termo (futuro) para 2 de agosto, o que não ocorria desde abril.
A despeito da sinalização da presidente Dilma na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo continua olhando seriamente para o câmbio e há sempre propensão para medidas para conter a alta do real (ler mais abaixo).
Ele reafirmou ainda que o “combate à inflação é uma questão de honra para o governo”. “O Brasil seguirá empenhado no controle da inflação e vai continuar a tomar todas as medidas necessárias para que isso ocorra” disse o ministro.
Mantega afirmou que o IPCA de julho deve ter um número parecido com o do IPCA-15, que subiu 0,10% neste mês.
O secretário do Tesouro Nacional fez coro com Mantega: “Sempre estamos avaliando câmbio e possíveis ações. Isso é uma rotina”, afirmou Arno Augustin, ressaltando que é “preciso observar qual a ação mais eficiente”.
Ele acrescentou que não há um “momento” determinado em que o governo vai parar de analisar medidas para o câmbio. Aqui